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sexta-feira, 22 de julho de 2016

Os principais hábitos e demandas da terceira idade no varejo

Estudo da Officina Sophia Retail revela diferentes perfis de atitude e hábitos de compra dos consumidores da terceira idade.
O público sênior compõe uma das faixas da pirâmide etária que mais cresce no Brasil. Atualmente são 25 milhões de pessoas e devem chegar a 37 milhões até 2026. Os supermercados despontam como o item mais dispendioso da estrutura de gastos desta parcela relevante da população, consumindo 26% da renda. A moradia vem na sequência, tomando 24% da receita. A terceira idade gasta, em média, 18% com saúde e 9% com tecnologia. Vestuário e gastos com lazer e bem-estar ficam, cada um, com 8% dos rendimentos. Além disso, 7% dos ganhos são destinados ao pagamento de empregados. As constatações são da pesquisa Senioridade, realizada pela Officina Sophia Retail, em parceria com o Centro de Inteligência Padrão (CIP), para conhecer a relação da terceira idade com o varejo e identificar necessidades não atendidas.
 
O mapeamento do estudo identificou três perfis de atitude, no universo composto pelas pessoas acima de 60 anos, em relação ao dia a dia. São eles:
 
“Curtindo a Vida” – Engloba 72% do público sênior e tem em sua composição pessoas que vivem intensamente e buscam sempre melhorar a qualidade de vida. É o perfil mais otimista e com maior acesso ao lazer, vestuário e empregados, de acordo com a estrutura de gastos. O predomínio é de mulheres das classes A e C.
 
“Levando a Vida” – O segundo perfil identificado abrange 25% dos entrevistados e é composto por pessoas que estão conduzindo a vida da forma que é possível. Tem no supermercado o componente mais pesado da estrutura de gastos.
 
“Deixando a Vida” – Engloba 3% do universo pesquisado e é composto pelas pessoas mais pessimistas, sem muita expectativa com relação ao futuro. Moradia e saúde são os principais itens da estrutura de gastos.
 
A amostra verificada no estudo tem 53% das pessoas na classe B e 28% na classe C. A classe A responde por 19%. No total, 37% ainda trabalham como autônomo ou CLT, mas 47% têm como principal fonte de renda a aposentadoria. A maioria desse público, 56%, mora com o companheiro e 29% com os filhos. Apenas 15% vivem sozinhos.
 
Relação com o varejo – A terceira idade gosta de pesquisar, sendo que 70% entram em várias lojas até encontrar o que procuram. Entre as mulheres, esse percentual chega a 79%. A maioria dos entrevistados, 57% (65% levando em conta somente as mulheres), considera ir ao supermercado um passeio. Eles gostam de observar as novidades e passam bastante tempo dentro da loja. Já a visita à farmácia é vista como obrigação por 85% deles e as compras nesses estabelecimentos são feitas rapidamente. Outro hábito peculiar de consumo é notado quando se trata de eletrodomésticos ou eletrônicos, pois 72% buscam esses produtos apenas quando o que está em uso quebra.
 
Além de preços baixos, elementos com aspectos de conforto e etiquetas visíveis são importantes para todo o público da terceira idade. Outros fatores se destacam conforme o perfil de atitude analisado. As pessoas do perfil “Curtindo a Vida” apreciam o bom atendimento. Já o público do “Levando a Vida” vê a localização como diferencial. O perfil “Deixando a Vida” dá preferência a lojas que oferecem vantagens nas condições de pagamento.
 
As lojas de bairro estão entre as preferidas dos seniores nos segmentos de vestuário e farmácia, além de liderar entre os supermercados, com 20% de menções, à frente de Extra (18%) e Carrefour (17%). Renner (19%) e Casas Bahia (32%) despontam como preferidas, respectivamente, nos varejos têxtil e de eletro. Entre as farmácias, Ultrafarma (17%) fica com o maior destaque, seguida por Drogasil e farmácias de bairro, ambas com 14%.
 
Pontos de melhoria nas lojas – Todos os perfis identificados pela pesquisa têm queixas semelhantes quanto aos fatores que deixam a desejar no ponto de venda. Os assuntos mais recorrentes entre as reclamações são a falta de atendentes treinados para dar explicações sobre produtos e de etiquetas dos preços com letras maiores, além de ar-condicionado com temperaturas mais agradáveis.
 
Metodologia – A Officina Sophia Retail elaborou o estudo em abril, com 300 entrevistas online, em parceria com o painel eCGlobal, abrangendo homens e mulheres, acima dos 60 anos, pertencentes às classes A, B e C (Critério Brasil).
 
Fonte: O negócio do varejo

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