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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Amazon planeja lojas de conveniência

Amazon está ampliando sua presença no setor de alimentos, c/ planos de lançar lojas físicas de conveniência assim como locais de coleta de encomendas.
 

Em ameaça ao Walmart, Amazon planeja lojas de conveniência

A Amazon.com Inc. está ampliando sua presença no setor de alimentos, com planos de lançar lojas físicas de conveniência assim como locais de coleta de encomendas, dizem pessoas a par do assunto.
A gigante americana do comércio on-line planeja abrir lojas que venderiam aos consumidores produtos hortifrutigranjeiros, leite, carne e outros itens perecíveis, dizem essas pessoas. Usando principalmente seus celulares ou, possivelmente, telas sensíveis ao toque espalhadas pelas lojas, os clientes poderão também comprar produtos menos perecíveis como cereais matinais para entrega no mesmo dia.
 
Para os que querem um sistema mais rápido, a Amazon deve lançar em breve locais onde os pedidos desse tipo de produtos feitos pela internet podem ser retirados e levados diretamente para os veículos dos clientes ao estilo drive-in, segundo as fontes. A empresa está desenvolvendo uma tecnologia de leitura de placas para reduzir o tempo de espera.
 
Uma porta-voz da Amazon não quis comentar.
 
Essas lojas de mantimentos, conhecidas internamente como “Projeto Como”, por enquanto se destinam apenas aos assinantes do serviço Fresh nos Estados Unidos, que promete entregas de alimentos no mesmo dia, em horários definidos, dizem as pessoas. No ano passado, a Amazon reduziu o preço da assinatura do Fresh, que era de US$ 299 por ano, para US$ 15 por mês. Ele está disponível para os que já são assinantes do serviço de entrega Prime, que custa US$ 99 por ano.
As novas lojas são projetadas para atrair uma grande parcela de pessoas que prefere buscar pessoalmente seus produtos hortifrutigranjeiros ou levar para casa as compras de supermercado após o trabalho.
 
A Amazon espera concorrer mais diretamente com supermercados que vendem com grandes descontos e com o Wal-Mart Stores Inc., que recentemente vem expandindo seus próprios locais de coletas para clientes que fazem compras on-line.
Os supermercados respondem por cerca de 20% dos gastos do consumidor, mas as compras feitas on-line representam apenas cerca de 2% das vendas do setor nos EUA, de acordo com o braço de pesquisa do banco Morgan Stanley. Ele estima que as vendas on-line desse segmento podem mais que dobrar este ano, superando US$ 42 bilhões.
 
As vendas de alimentos podem ser cruciais para o crescimento da Amazon porque os americanos repõem os produtos nos seus refrigeradores semanalmente e isso pode representar uma oportunidade de vender outros itens mais lucrativos enquanto o cliente está no site.
As famílias americanas fazem, em média, mais de 1,5 visitas a um supermercado por semana, gastando US$ 107 em produtos, de acordo com a associação que representa supermercadistas Food Marketing Institute. Isso significa em torno de US$ 5.500 por ano, mais que o dobro dos US$ 2.500 que os assinantes do serviço Prime gastam anualmente na Amazon e dez vezes mais o valor que os clientes que não são membros do serviço gastam, segundo estimativas do Morgan Stanley.
 
As vendas de alimentos em lojas físicas representam o esforço mais recente da Amazon de explorar um novo mercado para se tornar um ponto central tanto na vida dos consumidores quanto de empresas. A Amazon assumiu uma posição de liderança em computação em nuvem e tem se lançando em áreas como a de roupas com marcas próprias, salgadinhos, eletrônicos de consumo, videogames e filmes.
A Amazon lançou seu serviço Fresh com cautela, depois de testá-lo na cidade onde fica a sede da empresa, Seattle, por cerca de seis anos, estendendo-o para sete cidades americanas e Londres a partir de 2013.
 
O manuseio de itens perecíveis, como por exemplo sorvete em pleno verão, é complicado e caro, exigindo armazenamento refrigerado, algo que reduz a lucratividade.
As lojas físicas são algo novo no arsenal da Amazon, que ao longo de duas décadas se concentrou em sua operação no mundo virtual. No ano passado, a gigante varejista abriu sua primeira livraria em Seattle e planeja abrir outras pelos EUA. Ela está considerando outros conceitos de lojas físicas, incluindo vitrines para seus eletrônicos de consumo, dizem duas pessoas.
 
Para as lojas de conveniência que vem planejando, a Amazon está se inspirando em redes de desconto como as lojas “tudo por um dólar”, que vêm crescendo nos EUA, com um modelo de lojas simples, estoques com produtos de marcas próprias e poucos funcionários, segundo pessoas a par do assunto. Ainda deve levar um ano ou mais para que essas lojas sejam abertas, enquanto a Amazon procura os locais para instalá-las. O projeto também pode acabar sendo arquivado devido a questões financeiras ou operacionais, dizem as pessoas.
 
Com relação aos locais de coleta de produtos comprados on-line, a Amazon terá que lidar com o Wal-Mart, que planeja oferecer o serviço em quase 25% das suas cerca de 4.600 lojas nos EUA até o fim do ano, disseram executivos na semana passada, durante uma conferência.
Marc Lore, diretor das operações de comércio eletrônico do Wal-Mart, disse que a empresa vai concentrar esforços para se tornar “vencedora” nas vendas de produtos frescos e de consumo ao longo dos próximos anos. Recentemente, o Wal-Mart pagou US$ 3,3 bilhões pela Jet.com, empresa de comércio eletrônico fundada por Lore em 2014.
 
Fonte: The Wall Street Journal
 

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