A Covid-19 e seus desdobramentos estão causando transformações irreversíveis a todos os setores, incluindo o varejista. Além disso, as medidas de isolamento social anteciparam algumas tendências, trazendo legados que podem durar por um bom tempo.
De acordo com o estudo “Tendências Globais para o varejo 2020 – Preparando-se para a Nova Realidade”, da KPMG, o varejo atual tem sido conduzido por 4 diretrizes. São elas: evolução no modelo de negócios; o propósito assume o protagonismo rumo ao futuro; repensar o “custo para se fazer negócios”; e análise do cliente e de suas escolhas ou preferências.
Evolução no modelo de negócios
De acordo com o levantamento, mesmo antes da crise sanitária, o setor varejista já vinha dando mais espaço ao mercado online, ao mesmo tempo em que as lojas físicas vinham perdendo essencialidade. Com a chegada da Covid-19, o setor vem tendo de repensar o valor da cadeia, as formas de relacionamento, atendimento e logística.
Devido às mudanças de rota, os varejistas – principalmente de pequeno e médio porte – estão buscando caminhos para aumentar o fluxo de vendas e, assim, as plataformas online estão rapidamente se tornando “os shoppings do futuro“.
O relatório ainda afirma que durante o próximo ano os grupos de varejo continuarão tendo que repensar seus modelos de negócios e tomar novas decisões, o que acabará desencadeando uma nova onda de inovação e concorrência no setor.
O propósito assume o protagonismo
Segundo a KPMG, os clientes estão buscando consumir de empresas que representam algo maior do que apenas os produtos que vende, como empresas que se preocupam com questões que tenham impacto positivo na vida das pessoas, valores sociais e que priorizem a transparência.
Sobre transparência, os consumidores esperam que os varejistas demonstrem que cumprem o seu propósito, ao invés de apenas falar sobre ele.
Repensar o custo para fazer negócios
A pesquisa revela que a maioria dos varejistas reconhece que as formas convencionais de reduzir custos são insuficientes para trazer resultados relevantes e reconstruir o negócio. Mesmo com as estratégias rigorosas para mitigar os efeitos da Covid-19, os varejistas afirmam que precisam ir além para impulsionar os lucros no próximo ano.
Segundo o relatório, o caminho é aproveitar cada vez mais os dados e análises para identificar suas lojas, configurações e produtos mais lucrativos e, com base nisso, tomar decisões que guiem os negócios.
Análise do cliente e de suas escolhas ou preferências
O estudo mostra também que, no ambiente atual, os clientes se preocupam menos com a variedade de produtos e mais com a disponibilidade, e isso pode mudar a maneira como muitos varejistas atuam.
O texto afirma que, em um futuro próximo, as expectativas dos clientes mudarão novamente e sobreviverão apenas dois tipos de varejistas: aqueles que oferecem uma seleção limitada de produtos e cuidadosamente selecionados, e aqueles que oferecem uma seleção ilimitada. Os que estão entre eles provavelmente sofrerão.
Fonte: Consumidor Moderno
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