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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Diversificado, setor de negócios voltados para PET resiste à crise econômica no país

Roupinhas, comidas naturais, petiscos, passeios — a pé ou de táxi —, banho e tosa. Dos tradicionais aos novos produtos e serviços, a demanda da nação PET resiste mesmo em meio à crise. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), no ano passado, o setor elevou seu faturamento em 7,6%, embolsando R$ 18 bilhões. Motivo de comemoração para empreendedores que vão muito além de pet shop e podem, dependendo do formato escolhido, gastar menos.

— Não precisa de um capital muito alto. Como microempreendedor individual, é possível ser banhista ou esteticista de animais domésticos e cuidador de animais. Você não paga nada para se registrar, e o imposto mensal é de R$ 50. Isso ainda permite que você não tenha um ponto fixo, atendendo na casa do cliente — explica a analista do Sebrae/RJ Mirella Condé.

Como fabricante de partes de peças do vestuário - facção, Andréa Garcia, de 40 anos, também foca nesse setor. Há dois anos, cria roupinhas para cachorros e gatos.

— Quando comecei, comprei material para pagar depois. Gastei cerca de R$ 200 apenas — diz ela, lembrando do sucesso do negócio: — De abril a julho, que é o período com a maior busca, vendo até 1.200 peças por encomenda.

O capital também pode ser injetado a fim de inovar. Com R$ 16.200, Suelen e Ronaldo Machado equiparam um carro como “Táxi Dog”, para fazer o transporte mais confortável dos animais às suas unidades de pet shop.

— Investimos em impermeabilização para poder jogar água e lavar tudo de forma plena, na instalação das gaiolas revestidas em fibras e no ar-condicionado exclusivo para a parte posterior do carro. Os clientes ficaram muito satisfeitos — conta o empreendedor de 30 anos, que abriu sua primeira loja há cinco.

Eles são da família

O crescimento do mercado PET e a confirmação da clientela disposta é fruto de valores mais fortes em relação aos animaizinhos nas famílias. No franchising, são ainda poucas redes voltadas para eles: o ano passado fechou com apenas 12. As opções pedem a partir de R$ 16 mil de investimento, para a petiscaria Pet Bonosso, que funciona numa bicicleta. O franchising também têm sua versão de carro adaptado para cuidados com animais, como na rede Pet Shop Móvel. O gasto é bem maior, mas valeu a pena para Roberta Novaes, de 39 anos:

— Eu e minha primeira sócia, Shirley, éramos protetoras de animais, quando conhecemos a franquia. Adoramos, mas não tínhamos experiência. Entrar numa rede ajudou.

Segundo o diretor da Associação Brasileira de Franchising Rio, Beto Filho, o setor é novo, porém, promissor:

— O franchising tem lançado propostas novas a cada ano. Certas coisas são sazonais, mas isso não. Entre os brasileiros, 65% têm animais em casa. E eles participam cada vez mais da família. Fora do franchising, o mercado já é sucesso — avalia ele.
Antônia e Daniela começaram do zero e provam isso.

— Eu e Daniela nos conhecemos porque ela era treinadora de cachorros e dava aulas para grupos em sua empresa, a Lordcão. Eu levei minha filhotinha lá. Nesta época, minha cachorra tinha muitos problemas de pele, e comecei a pesquisar tratamentos, que não envolvessem remédios. E soube que a alimentação caseira podia ajudar.

Funcionou também para o meu cachorro, que é diabético. E a Daniela tinha passado por algo parecido. Então, em junho de 2013, abrimos a PetChef. Desde o início, foi uma cozinha industrial para a entrega de encomendas em casa. Nosso investimento inicial foi de R$ 150 mil para maquinário, câmara frigorífica, máquina de selagem e panelas. São equipamentos caros. Na crise, tivemos uma pequena queda nas vendas, sim. Mas ainda produzimos uma tonelada e meia de comida por semana — conta Antônia Moura, dona da empresa carioca PetChef, aos 29 anos.

Conheça os caminhos

MEI - Apesar do baixo custo para ser um microempreendedor individual, a analista do Sebrae alerta: “É preciso ter uma habilidade ou fazer cursos que o preparem para a atividade”. O Senac (www. rj.senac.br) e a Faetec (www. faetec.rj.gov.br) têm cursos de costura, por exemplo. Escolas como Cão Ativo (https://caoativo.com), Unipet (www.unipetrj.com.br) e My Pet’s Nanny (http:// mypetsnanny.com.br) têm aulas para passeadores.

Pet shop - Se for um negócio de pet shop básico, o empreendedor deve gastar cerca de R$ 88.550, de acordo com o Sebrae. O investimento envolve aluguel de área de 50m² (R$ 2.500), reforma (R$ 30 mil), estoque inicial (R$ 20 mil), móveis e equipamentos (R$ 25 mil), taxas e impostos (mil reais), divulgação (R$ 2 mil) e capital de giro (R$ 8.050).

Pet Bonosso - A petiscaria móvel em bicicleta requer um investimento de R$ 16 mil. Já para o modelo quiosque, é necessário tirar do bolso, ao menos, R$ 120 mil. A rede ainda tem um modelo de franqueado distribuidor, que sai por R$ 95 mil. Aqueles que tiverem interesse em franquear devem acessar o site http://petbonosso.com.br, escrever para franquia@petbonosso.com.br ou ligar para (12) 3028-7410(12) 3028-7410 e (12) 98281-3618(12) 98281-3618.

Animal Planet - A empresa Expedição Pet Franquias trouxe a Animal Planet para o ramo de franquias, com unidades para vendas de seus produtos. O investimento inicial para abrir um quiosque é de R$ 110 mil e, uma loja, de R$ 150 mil, Contato: (11) 4169-6829(11) 4169-6829.

Pet Shop Móvel - A rede de carros adaptados para banho e tosa de pets permite também a venda de produtos para animais. Os franqueados vão até seus clientes, que descem com os cachorros para os procedimentos serem realizados dentro da van. O investimento mínimo necessário é de R$ 150 mil. Saiba mais: contato@petshopmobel.com.br.

Animal Place - Os centro de cuidados para animais de estimação exigem um investimento inicial de R$ 178.550. As unidades contam com profissionais capazes de avaliar o nível de estresse dos bichos. Acesse
www.animalplace.com.br.
Fonte: Extra

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