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terça-feira, 29 de novembro de 2016

CINCO TENDÊNCIAS QUE IRÃO IMPACTAR O CONSUMIDOR EM 2017

A agência de tendências Trendwatching divulgou seu mais recente relatório sobre os movimentos de comportamento de consumo que irão se destacar no próximo ano. 
 
Todo final de ano, a agência global de tendências Trendwatching publica um relatório com perspectivas e movimentos que identificou como predominantes no comportamento do consumidor e nas relações de consumo. São tendências que devem tornar-se mais fortes no próximo ano.
 
Em 2017, segundo a Trendwatching, a atual economia da experiência ganhará uma nova dimensão: a economia da experiência virtual. A mudança é significativa. Se antes a internet era o lugar para colher informações, agora é onde as experiências acontecem. E segundo a interpretação da agência, estas experiências virtuais estão ganhando o mesmo status de experiências reais.
 
Por quê? Bem, em um mundo de abundância material, as experiências que as pessoas escolhem formam uma parte cada vez mais importante de suas identidades. Enquanto as experiências físicas limitadas e difíceis de acessar valem cada vez mais.
Acompanhe as principais tendências para 2017:
 
Economia da experiência virtual
Um dado ilustra bem como, hoje, viver experiências é algo valorizado: de 1981 a 2012, o preço médio de um show aumentou mais de 400%.
 
Embora adorada por muitos saudosos, a banda ABBA tocou apenas uma vez nos últimos 30 anos e recusou todas as propostas de turnê. Agora, a banda anunciou uma turnê virtual – planejada para 2018. Vem sendo divulgada como "uma experiência inovadora, com o que há de mais novo em tecnologia digital e realidade virtual. Permitirá ver, ouvir e sentir ABBA de uma forma anteriormente inimaginável".
 
Outro exemplo: o ecommerce chinês Alibaba ficou famoso no mundo pelos preços muito competitivos e enorme mix. Agora ele quer se destacar também pela experiência de compra. Vem fazendo isso usando plataformas de realidade virtual (é possível comprar com a ajuda de um assistente-robô, enquanto se tem à frente um panorama em 360 graus de uma loja), e realidade aumentada (similar ao jogo Pokemon Go).
 
Como se percebe não há limites para melhorar a experiência no mundo virtual, mas ela só será significativa se conseguir oferecer aos participantes uma sensação de admiração, emoção e memórias duradouras. Assim como acontece nas relações do mundo real.
 
O mundo está dividido
Trump, Brexit, tentativa de golpe de Estado na Turquia... Em 2016, os impactos econômicos, sociais e culturais da globalização foram acentuados. Mais uma vez. Mas desta vez, a narrativa é reforçada pela automação de trabalho, salários achatados, divisões geracionais e raciais, medo de terrorismo, crise de refugiados em curso...
 
O que tantos conflitos podem significar para as marcas com propósito em 2017? Oportunidade para ajudar as pessoas a entender a sua relação com tantas mudanças - seja em sua nação, cidade ou bairro.
 
O site de viagens Momondo postou um vídeo que destacava a diversidade racial oculta que existe em todos os indivíduos. Nele, os voluntários foram mostrados falando sobre o orgulho de seu País e até criticando outras nações, antes de serem mostrados os resultados de testes de DNA que provaram que todos eram um caldeirão de genes de muitas partes do mundo. O anúncio de Momondo terminou com a mensagem, 'Você tem mais em comum com o mundo do que pensa'. Em novembro de 2016, três meses depois, o clipe tinha mais de 12 milhões de visualizações no YouTube.
 
Veja o exemplo da marca cervejeira Tiger Beer, de Cingapura. Em junho de 2016, ela abriu uma loja pop-up em Nova York e nela, procurou redefinir os estereótipos. Escolheu como localização uma área conhecida por suas lojas de desconto que vendem produtos asiáticos baratos, ou seja, Chinatown. A loja apresentou produtos dos mundos da arte, moda, tecnologia e design, representando mais de 700 artistas da Ásia. O lugar ficava lotado todas as noites.
 
O último exemplo desta tendência vem da Starbucks. A rede de cafeteria criou em setembro o projeto Upstanders: uma série de podcasts, histórias curtas e vídeos que destacam indivíduos dos EUA que trabalham para fazer a diferença em suas comunidades. Tópicos como a falta de moradia, autismo, desperdício de comida e o papel da polícia eram apresentados com o objetivo de unir os americanos durante a temporada eleitoral. Upstanders foi escrito e produzido por Howard Schultz (CEO e presidente da Starbucks), mas está livre da marca Starbucks.
 
Estas tendências têm a ver com tomar uma atitude positiva em relação ao cenário global, aumentando a conscientização e entendimento, e celebrando iniciativas. Mas segundo a Trendwatching, para uma marca agir assim ela deve ter um profundo conhecimento sobre seu propósito e perfil de seus consumidores.
 
Indivíduos incógnitos
A quantidade de informação circulando no mundo nunca foi tão grande – e vai aumentar. Mas enquanto os consumidores se tornam mais conscientes do quanto suas vidas são moldadas por essas forças invisíveis - Big Data e  captação de a todo momento dos consumidores -, aumenta o número de empresas e serviços especializados no anonimato. Isso mesmo.
 
A empresa americana Interviewing.io desenvolveu uma plataforma para entrevistas de emprego na internet na qual nem entrevistado nem entrevistador são identificados. A plataforma possui uma tecnologia que disfarça a voz do candidato, adicionando elementos sintéticos, para afastar qualquer possibilidade de preconceito em relação à idade, raça ou gênero.
 
Por trás desta tendência está uma necessidade humana básica: igualdade. Mas aqui o desejo de anonimato vai além da liberdade nas plataformas sociais. À medida que os consumidores se tornam hiper-conscientes de como os preços que pagam são influenciados por seus dados pessoais, a demanda por ferramentas e serviços que garantam um tratamento justo será maior do que nunca.
 
Capacidade de captura
Já ouvimos muito falar, na atual economia compartilhada, em iniciativas que valorizam o aluguel e não a posse, e à pagar estritamente pelo que se pretende consumir. Esse é um novo ângulo de sustentabilidade: em 2017, marcas espertas vão alargar o pensamento e encontrar novas formas de entregar valor e eliminar desperdício.
 
O primeiro exemplo vem da Nissan. No Reino Unido, os proprietários de alguns modelos elétricos, podem, a partir de maio, vender o excesso de energia armazenada ao National Grid, empresa local de energia.
 
O segundo exemplo vem da Cidade do Cabo: um portal para trocar itens recicláveis. A prefeitura fez um upgrade em seu serviço de Intercâmbio de Resíduos Integrados (isso existe lá, risos) para torná-lo mais fácil de usar para pessoas, instituições e empresas da cidade. O portal on-line permite às empresas e ao público publicar itens como móveis, pneus, computadores e embalagens, adicionando imagens e detalhes e publicar anúncios de produtos que estão procurando.
 
Olhe para dentro de seu negócio e investigue se não há maneiras de reduzir o desperdício (ou mesmo eliminá-lo), ou criar mecanismos para ajudar seus consumidores a fazê-lo.
 
Marcas Big Brother
Nada a ver com o big brother de George Orwell, no qual as pessoas estavam sob constante vigilância das autoridades. Agora estaremos vigiados de bom grado.
 
Os robôs inteligentes já são realidade. A empresa de tecnologia ROOBO, com sede em Pequim, lançou em junho, o Domgy, um robô “canino” doméstico que usa inteligência artificial e reconhecimento facial para identificar membros da família, reproduzir seu entretenimento preferido, alertar a família sobre intrusos e muito mais. Domgy também rola no chão, pula obstáculos e automaticamente volta para sua estação de carregamento quando a bateria está baixa. O dispositivo é controlado através de seu touchscreen ou de smartphone.
 
Mais um. Anunciado em outubro de 2016, o Google Home é um alto-falante ativado por voz, alimentado pelo Assistente do Google. Uma vez concedida a permissão, o dispositivo 'sempre ligado' – custa US$ 129 -  conecta-se às contas do Google do usuário e digitaliza e-mails, calendários e arquivos e fotos enviados para o Google para verificar compromissos, criar listas, adicionar itens a uma lista de compras e muito mais. Através de comandos de voz, os usuários podem fazer perguntas do Google Home e receber atualizações meteorológicas, de trânsito e de esportes em tempo real. Os usuários também podem reproduzir música de serviços integrados, incluindo Spotify, ou conectar o Google Home com outros dispositivos inteligentes domésticos (incluindo o Chromecast e o Nest).
Parece um episódio de Black Mirror (seriado britânico antológica que examina a sociedade sob a luz das novas tecnologias). Parece ficção científica. Mas estas tendências estão chegando mais rápido do que você imagina.
 
Fique de olho!
 
Fonte: Abrasce

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