86S3kuextR2S3YWJ_kx2UbklxpY

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Especialistas comentam os negócios que movimentaram o varejo americano




Os movimentos do varejo americano não param. As mais recentes notícias das aquisições que envolvem alguns dos principais players do setor, sinalizam um caminho sem volta que une o físico ao digital.
A Amazon adquiriu a Whole Foods Market por US$ 13,7 bilhões, uma bomba de um negócio que catapultou a gigante do e-commerce para o negócio de supermercado com centenas de lojas em todo os EUA.
A mais recente aquisição de comércio eletrônico da Walmart foi a Bonobos por US$ 310 milhões. Nossa delegação esteve este ano na loja de Nova York durante a NRF conhecendo este case de sucesso, que saiu do comércio eletrônico para as lojas físicas, focando na experiência de marca e consolidando o conceito omnichannel.
O que isso poderá acarretar aos negócios do e no varejo? O Negócio do Varejo convidou alguns dos principais especialistas do mercado e articulistas da nossa plataforma para comentar estes fatos que sacudiram o varejo.

Alberto Serrentino

Alberto Serrentino

Apertem os Cintos, a intensidade do jogo vai aumentar!
A Amazon desde sua fundação vem demonstrando capacidade de inovação, desenvolvimento de novos negócios, capacidade de reinventar-se, cultura de serviço e obsessão por reduzir atrito  e melhorar a vida das pessoas por meio de uso inteligente de tecnologia.
Há algum tempo a grande fronteira da empresa vem sendo o varejo alimentar. Seguidas inovações foram implantadas: o site de venda de alimentos Amazon Fresh, o modelo de assinatura “Prime” com extensão para alimentos, o sistema de simplificação de compras Dash, os botões para reposição de produtos de compras recorrentes Dash Button; mais recentemente, o minimercado sem atrito Amazon Go (sem filas, sem caixa, sem escaneamento de produtos) e os pontos de entrega de compras Amazon Fresh Pickup.
O crescimento da Amazon no mercado alimentar vem desafiando o setor supermercadista e, principalmente no mercado norte-americano, o Walmart.
O modelo de venda online de alimentos possui elevados custo e complexidade operacionais, é pouco escalável e raramente torna-se lucrativo.
O anúncio da aquisição do Whole Foods por parte da Amazon redefine a concorrência no varejo alimentar nos EUA. A empresa passa a ter escala, capilaridade, marca diferenciada, base de clientes, rede estabelecida e capacidade operacional. Sinaliza também uma aceleração na sua estratégia de entrada no varejo físico, que vinha ocorrendo timidamente com abertura de livrarias Amazon Books. O mercado levará algum tempo para digerir e interpretar o movimento e tentar preparar-se para novas investidas que poderão vir.
A Amazon pode revitalizar a Whole Foods, que vem apresentando resultados declinantes e dificuldades em confrontar a crescente competição de varejistas tradicionais em alimentos saudáveis, orgânicos e sustentáveis. A empresa será um grande laboratório para digitalização de cultura e modelo do maior e mais atrasado segmento do varejo global em se tratando de transformação digital.
O Walmart iniciou recentemente movimento de aquisições de empresas de ecommerce, sendo a mais importante a da Jet.com, mudando seu modelo de investimento e expansão de negócios no mundo digital. A Amazon decidiu entrar definitivamente no mundo do varejo físico. A transformação digital do varejo e a consolidação de modelos de negócio integrados terão um grande impulso nos próximos anos.

Antônio Sá

Antônio Sá

A Amazon compra Whole Foods. E agora?
Agora temos novas dúvidas e novas certezas.
Se alguém tinha alguma dúvida de que lojas físicas e virtuais estariam cada vez mais próximas, fazendo parte de um mesmo mundo, o mundo do “commerce”, agora não tem mais. O comércio é um só. Agora a arte de distribuir estará ainda mais integrada.
A Amazon, que tinha dificuldades de atuar na distribuição de produtos perecíveis, ganha o reforço de quase 500 lojas espalhadas no EUA e Canadá. Comprou um negócio bem complementar ao que já tinha.
A dúvida que surge agora é: como a Amazon integrará duas empresas tão diferentes, com culturas tão diversas? Não vai ser fácil. A Amazon agora enfrentará a mesma dificuldade que teve o maior varejista do mundo, o Walmart, só que no sentido inverso: o Walmart, que foi exímio em navegar nos “mares” das lojas físicas, com mais de 11 mil unidades ao redor do mundo, ainda luta para singrar os mares do E-commerce. Já a Amazon terá que aprender a sobreviver em um comércio à moda antiga: com funcionários nas lojas, estoques de produtos perecíveis na retaguarda, corredores por abastecer e os velhos custos imobiliários. Não é fácil. Vai lutar para não afundar em um oceano difícil de nadar. Se boiar, já está valendo.
O Whole Foods foi uma das empresas que mais cresceu nos EUA nos últimos anos, mas vinha tendo dificuldades em obter crescimento em vendas nos últimos trimestres. A Amazon, por sua vez, não tem experiência com lojas físicas para ajudar o Whole Foods a vencer seus desafios. Os principais ganhos podem vir de uma integração que se buscará sinergias entre o mundo físico e digital. Diferente do que se pode pensar, provavelmente não vão ser as diferenças tecnológicas entre as duas empresas a maior batalha a ser vencida, mas as diferenças culturais. O Whole Foods é sinônimo de alimentação saudável, respeito ao meio ambiente e às relações comerciais com seus fornecedores. Os funcionários possuem orgulho de trabalhar na empresa. E como será agora com a Amazon? É bem provável que a Amazon terá o discernimento de não interferir de forma inadequada, afoita em uma gestão que conhece muito sobre a arte de servir através de lojas de tijolo e cimento.

Edmour Saiani

Edmour Saiani

A Amazon não compra ninguém para agregar valor. Ela compra as marcas como comprou a Zappos para aprender o que não sabe.
Ela não sabe nada de “groceries”.
Fez um balão de ensaio com o Amazon Go e… nada.
Comprou a zappos.com para aprender a atender voz. Não sabia, a zappos sabia tudo.
Agora comprou a Whole Foods por 2 motivos: aprender groceries.
E absorver um pouco da reputação de capitalismo consciente da Whole Foods.
A deles está suja, desde tratamento aos funcionários até a bobagem que estão fazendo na loja da Columbus Circle que é o software que proíbe as pessoas de pesquisarem preço fora da loja.

Haroldo Monteiro

Haroldo Monteiro

Menos uma barreira entre o varejo físico e o digital
A recente aquisição do Whole Foods pela Amazon, mostra que mais uma barreira entre o varejo físico e o digital foi quebrada.  Hoje segundo pesquisa da Harvard Business review, apenas 7% dos compradores fizeram compras exclusivas na web, 20% fizeram compras apenas em uma loja física, e os (73%) restantes compram através de uma combinação de canais. Logo a crescente preferencia dos consumidores por um ambiente onde o “canal-é-secundário” é uma notícia boa para os varejistas. Aproveitando-se desta tendência e também da estimativa de crescimento do mercado de “hard discount grocers”  é  8% a 10% (segundo a Bain & Company) fusões e aquisições entre os pesos pesados do varejo aconteçam.
Outras aquisições como a a Jet.Com e a Bonobos pela a Walmart para competir com a Amazon chamam atenção de um mercado onde a gigante do varejo físico entra para para o digital (Walmart) e a gigante  do digital parte para o varejo físico (Amazon).
Outra ponto a ser considerado na decisão da Amazon é a de que a Whole Foods possui uma quantidade de lojas atraentes, uma marca muito forte e também a sua alta credibilidade no varejo de alimentos. Existe também a sobreposição entre a base de clientes da Whole Foods e a Amazon que neste caso entre as duas companias são provavelmente significativas. Já para a Whole Foods que tem enfrentado  recentemente uma competição acirrada no varejo de alimentos  a aquisição da Amazon dará espaço para que a empresa ganhe escala e se aproveite de toda a estrutura da Amazon.

Igor Paparoto

Igor Paparoto

Batalha (?) : Amazon X Walmart
Nos últimos dois dias, não houve para ninguém. Nem o noticiário político bateu a apaixonada discussão sobre os dois grandes movimentos tectônicos:
Amazon x Walmart
O gigante online indo forte para o offline.
O outro gigante, fazendo o caminho inverso
Li dezenas de opiniões. Artigos interessantíssimos. Bem escritos, com argumentos interessantes. Ricardo Guinâncio, ligado como só ele, pediu uma modesta opinião.
Li , faz 20 minutos, artigo do Alberto Serrentino, o grande pensador de nosso varejo, sobre este tema…
Hoje, por hoje, eu digo: acho que ninguém sabe ao certo o que aconteceu… e o que virá disso!
Minha pequena contribuição. Big data, Cloud, Analytics. Hoje, factível para players Tier 1 e Tier 2 , nacionais. Quem une arte e tecnologia “is the new boss”.
Não interessa o canal, ou o tipo de relacionamento. Off ou on, se você  de verdade, se importa em conhecer e atender melhor “o cara” que paga tudo, vulgo, cliente, terá êxito na corrida pela liderança.
Meu “chute”.
Convergência, complementariedade. O “cara” mais importante, o tal do cliente, quer tudo junto e misturado, o famoso “frango com tudo dentro”.
Quem entender isso, vira rei…quem não…vai murchando….
Apesar da distância entre o varejo americano e o resto do planeta, mais cedo ou mais tarde, isso reverbera. Aqui temos dois exemplos fantásticos, hard line e soft line, do que é transformar de verdade e colher frutos: Renner e Magazine Luiza.
Nadam de braçada porque tiveram peito de fazer um básico, uma transformação, um arroz e feijão muito bem feitos.
Ambos os players, Amazon e Walmart, tem propósito claro e tecnologia como enabler fundamental. Pessoas, ponto, marketing, etc, continuam sendo importantes. Mas, o nome do jogo é servir com tecnologia disruptiva. No “mundo off””ou on”.

Ivan Correa

Ivan Correa

A Amazon pavimentou sua trilha de sucesso amparada no mais elementar (e cada vez mais raro) pilar de varejo: bom atendimento. Bom não, ótimo. Tão ótimo que na virada dos anos 2000, quando sua operação de e-commerce se consolidou, superou sem grandes sustos o estouro da bolha da Nasdaq.
Muito mais do que soluções tecnológicas ou logísticas, o que a Amazon proporciona aos seus clientes é uma experiência positivamente rara no varejo em geral, e no e-commerce em particular. A cultura de bem servir e atender parece permear diferentes áreas da companhia, que agora vai ter a oportunidade de viver isso com as portas abertas ao público, na prática do dia a dia.
A aquisição da Whole Foods, empresa igualmente pautada pela cultura do bom atendimento, mas também muito forte em valores como transparência e responsabilidade social, pode ser a oportunidade de um gigante do ambiente digital colocar os dois pés no ambiente físico, pela portada frente.
Em aquisições desse porte, normalmente o maior risco é o choque cultural, que limita ou impede as sinergias esperadas. Nesse caso, o que pode ser considerado um primeiro requisito cultural, o respeito ao cliente, parece evidente o alinhamento. Cabe acompanhar para verificar se os outros elementos culturais de ambas empresas vai se fundir ou se confundir, e isso somente o tempo dirá.
Por enquanto, o que temos é um movimento ousado por parte da Amazon, cuja capacidade de arregimentar fãs e capital parece infinita. Falando em infinito, que essa aquisição seja infinita enquanto dure.

Maurício Salvador

Maurício Salvador

A Amazon não comprou uma rede de varejo alimentício com mais de 400 lojas. Na verdade a Amazon abriu de uma só vez, mais de 400 mini centros de distribuição para Amazon Fresh e pontos de pick-up in store.
O investimento de U$ 13,7 bilhões mostra que a Internet se tornou pequena demais para a Amazon. O crescimento das vendas online na categoria de supermercados vem sendo altíssimo a cada ano, desproporcional às demais categorias. Com certeza foi um passo extremamente calculado e como sempre, a Amazon continua enxergando mais longe do que muita gente consegue ver.

Ricardo Pastore

Ricardo Pastore

Estratégia Omni-channel orienta decisões por aquisições no varejo norte-americano.
As aquisições recém anunciadas do Whole Foods pela Amazon e da Bonobos pelo Walmart mostram a mesma estratégia, apesar de se situarem em extremos diferentes.
A Amazon, empresa líder global em e-commerce e futura maior empresa do mundo, decide adquirir a inovadora rede de supermercados especializada em alimentação saudável Whole Food, em um claro movimento estratégico justificado pela essência do conceito omni-channel. Esse conceito prega a existência de um único modelo de negócio varejista formado por lojas físicas e digitais que se apresentam como uma única proposta de valor diante do consumidor.
Apesar de gigante, a Amazon não tinha nada significativo em termos de lojas físicas e escolhe o Whole Foods por atingir um público digital friendly, com maior nível cultural e financeiro, se comparado às demais redes TOP 10 do varejo dos EUA. Mas por quê a Amazon precisa de uma rede de lojas físicas? Não faria sentido essa bilionária aquisição sem planos de transformação digital inclusos. O que deve acontecer é a implementação do modelo Amazon Go nas lojas – agora – de sua própria rede. Amazon Go é pura inovação disruptiva por abolir filas em checkouts, portanto quando começar a operar em larga escala, vai atrair outras redes interessadas em utilizar a mesma tecnologia.
O caso do Walmart sugere a mesma estratégia, ou seja, a busca por um modelo estratégico baseado em varejo omni-channel, porém aqui o caminho é o oposto. Enquanto a Amazon necessita de lojas físicas, o Walmart precisa comprar varejistas online e foi o que fez ao adquirir Bonobos, também inovadora varejista online fundada por ex-alunos de Stanford Business School. A atual maior empresa do mundo vê sua posição ameaçada há tempos pela Amazon, que cresce em media cinco vezes mais ao ano e é um dos símbolos da revolução digital que vivemos. O Walmart deseja preservar a sua posição, mas sabe que para isso, terá que adotar uma nova estratégia baseada em lojas físicas e digitais integradas em uma mesma estratégica de varejo omni-channel.
Essas são provas vivas de que o varejo não será mais como conhecemos, pois os seus protagonistas começam a se mexer em movimentos que impactarão todo o mercado.

Roberto Kanter

Roberto Kanter

A compra do Whole Foods pela Amazon é o reconhecimento por parte do gigante de varejo online que o Mundo é um enorme pronome “E”. Não ha mais espaço para distinções semânticas entre Marketing de Varejo físico e online.
Alguns cenários estão sendo imaginados, tais como a adaptação do app Amazon Go em Whole Foods Go (lojas sem caixas e filas) e do Amazon Drone em Whole Foods Drone (clientes recebendo seus alfaces no telhado de casa).
Interessante talvez seja observar como a Amazon utilizará a estratégia de cauda longa (extensão de estoque da loja física unindo ao estoque da loja digital).
Acredito que ela irá manter o posicionamento do Whole Foods mas não será surpresa para mim se a rede aumentar seu portfólio de produtos em seus mais de 480 pontos dos EUA, Canadá e Grã-Bretanha.
Afinal, quem inventou o marketplace sabe que o maior esforço de um varejista é colocar cliente dentro da lojinha. E o grande lucro está na venda adicional

Sandra Turchi

Sandra Turchi

O anúncio da aquisição da Whole Foods Market pela Amazon – maior operação da história da companhia até o momento, acontece num momento peculiar, no qual o comércio varejista norte-americano sofre uma queda vertiginosa nas vendas. Esta crise profunda vem afetando gigantes do setor como Macy’s e Sears, duas marcas icônicas dos Estados Unidos, que recentemente fecharam centenas de lojas físicas. O varejo norte-americano enfrenta as consequências da concorrência das vendas on-line e ainda não se adaptou completamente ao novo modelo de consumo. O fato não deixa de ser curioso por se tratar, justamente, da nação que mais consome no planeta.
Enquanto as vendas nas lojas físicas vêm despencando, as da Amazon, por sua vez, cresceram 23% só no primeiro trimestre deste ano. Este dado reflete uma transformação significativa no comportamento de compra dos consumidores em mercados mais maduros. A aquisição da Whole Foods Market possibilitará a companhia de Jeff Bezos fortalecer posicionamento no mercado de alimentos naturais e orgânicos, representando um obstáculo extra às investidas do Walmart em expandir, por exemplo, a sua participação no e-commerce.
Com a compra da Whole Foods Market, a Amazon passa a acessar o mercado de entrega de alimentos naturais em domicílio, que hoje não domina. A operação, sem dúvidas, traz impactos positivos não só para a própria companhia, mas para o mercado financeiro como um todo. No entanto, é bom salientar que existe uma grande diferença entre os modelos de negócios das duas empresas: a Whole Foods Market é muito conhecida nos segmentos mais endinheirados – e entre os jovens consumidores de alimentos orgânicos, ao passo que a Amazon, essencialmente, é uma plataforma online para o comércio de produtos a preços mais reduzidos. O passo dado nesta sexta-feira, dia 16, com o anúncio da aquisição, representa um grande movimento, mas também acarreta certo risco para a Amazon, visto que a companhia vem tomando uma série de decisões que englobam, por exemplo, a inauguração de lojas físicas, que vêm fechando aos montes nos Estados Unidos e no mundo. A conferir os próximos capítulos.

Silvio Laban

Silvio Laban

“A match made in heaven, paved the road to hell”
A aquisição do Whole Foods pela Amazon é a notícia do momento e agitou e vai continuar agitando o varejo global. Chamou tanta atenção que, a compra da Bonobos pelo Wal Mart passou desapercebida.
Indiscutivelmente, existem inúmeras oportunidades na integração de dois varejistas icônicos que oferecem, cada um a seu modo, experiências de compra únicas e diferenciadas.
No mundo físico, poucas são as experiências de compra comparáveis ao Whole Foods: sortimento diferenciado, lojas muito atraentes e convenientes, ambientação e comunicação educativas e relevantes e, sobretudo, um time motivado e vibrante. O preço, bem, o preço sempre foi um ponto a observar e, mais recentemente, com a intensificação da oferta de produtos orgânicos e saudáveis pelos supermercados convencionais, este ponto ficou mais complicado. A equação de valor para o consumidor se alterou e o Whole Foods vem perdendo clientes, o que explica em parte, resultados recentes não muito promissores.
O que falar da Amazon?
De um varejista de livros exclusivamente digital, em pouco mais de duas décadas, sobreviveu à explosão da bolha da Internet, ampliou seu portfólio de produtos, entrou no mundo dos dispositivos eletrônicos promovendo simplicidade, mobilidade e conveniência e, mais recentemente, se aventurou no mundo físico. Primeiro com uma livraria e, depois com uma loja de alimentos, na qual a tecnologia é a base para uma experiência de compra disruptiva. Some-se a isso, sua incrível competência analítica, conhecimento do mundo digital e um profundo conhecimento de seus consumidores. Cabe lembrar que, do ponto de vista financeiro, os resultados da Amazon começaram a melhorar apenas recentemente.
Se não bastasse isso, temos a junção de duas das mentes empresarias mais brilhantes dos últimos tempos: Jeff Bezos e John MacKey. Além de terem construído duas marcas diferenciadas que, de certa forma, redefiniram seus respectivos setores de atuação, são indivíduos que utilizam sua influência para promover e defender causas diversas e importantes para a sociedade.
Uma síntese do que esta aquisição pode representar para o varejo pode ser encontrada numa estrofe da música “A Match made in Heaven” (disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=O59JNz7rdIU) da banda de metalcore britânica.
A estrofe completa é: “A match made in heaven, paved the road to hell”. Em tradução livre: “Uma união no paraíso, pavimentou o caminho para o inferno”. O resultado da união das duas empresas pode significar o paraíso para elas, porém pode ser o inferno para seus concorrentes.

Fonte: O negócio do varejo

Nenhum comentário:

Postar um comentário