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sexta-feira, 27 de julho de 2018

Marcas Próprias avançam firmes na Europa e no Mundo

Os números mostram uma nova ordem de consumo: o cliente está mais consciente e mais inteligente. E agora chegou a vez do Brasil.

O cliente passeia pelos corredores do supermercado, se depara com a categoria de sucos, escolhe o sabor e, sem titubear, coloca o produto no carrinho. A marca? A da rede, é claro – uma marca própria, avalizada, portanto, pela loja que as vende. O consumidor, seguro da qualidade do que está levando, vai ao caixa para pagar, com a certeza de estar fazendo economia.
Exemplos parecidos se repetem por toda a Europa, e não é porque o cliente está com dificuldades financeiras, é sempre, simplesmente, porque ele não vê motivo para pagar mais por uma outra marca. Ele faz uma escolha que julga inteligente.
Na última Feira de Marcas Próprias que acontece, anualmente, no mês de maio, em Amsterdã, a PLMA, a empresa de pesquisas Nielsen divulgou os dados atualizados da participação das Marcas Próprias na Europa. Elas agora participam com 31,5% de tudo o que se vende no continente, crescendo cerca de 0,5 ponto percentual, em média, nos últimos anos, e com tendência de alta. Em países como Espanha, Suíça e Inglaterra, as marcas próprias participam com mais de 40% do consumo. Essa enorme participação é puxada pelas maiores varejistas, nas quais, naturalmente, as marcas próprias representam mais da metade de suas vendas. É muita coisa. A confiança do consumidor, em relação às marcas próprias, nunca esteve tão alta.
Agora surgem diversas linhas de produtos das varejistas dedicadas a soluções mais saudáveis e produtos sofisticados.
No mundo todo, as marcas próprias já participam com quase 17% das vendas, e, no gigante mercado americano, com mais de 18%.
Quando se chega a esse nível, escancara-se a grande verdade: o consumidor não está mais disposto a pagar um preço premium por marcas renomadas que eles sabem que despejam enormes verbas em campanhas publicitárias. O consumidor sabe que isso resulta em preços mais altos nas prateleiras.
No Brasil, a farra das grandes marcas é ainda maior, muito além dos investimentos publicitários e da necessidade de numerosas equipes de vendas. Elas presenteiam os executivos do varejo com viagens para os quatro cantos do mundo, com o anseio de criar um bom relacionamento e ter, ao final, a preferência de exposição de suas marcas nas prateleiras. E tudo isso está nos preços que pagamos por essas marcas.
Os números mostram uma nova ordem de consumo: o cliente está mais consciente e mais inteligente. E agora chegou a vez do Brasil.
Fonte: O negócio do varejo

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