86S3kuextR2S3YWJ_kx2UbklxpY

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

O significado da inovação, segundo a opinião dos CEOs

Alguns dos executivos mais influentes do País deram suas opiniões sobre o processo de inovação. Veja o que eles disseram no palco do CONAREC.

Inovar é um processo que tem feito a diferença no mundo dos negócios, principalmente no relacionamento com o consumidor. Empresas digitais criaram e impuseram novas maneiras de se conectar com as pessoas por meio de um atendimento diferenciado, a oferta de uma jornada encantadora e até um jeito novo de apresentar velhos serviços, tais como o transporte via Uber.
Ocorre que inovar não necessariamente é sinônimo de tecnologia. Pessoas são imprescindíveis na hora de criar algo novo. Esse foi o ponto de partida para o painel “Uma discussão aberta sobre inovação: insights de empresas e líderes e de novos modelos” que contou a participação dos mais importantes CEOs e executivos de negócios do Brasil, no primeiro dia de CONAREC.
A mediação coube a Luiz Fernando Musa, CEO do Grupo Ogilvy. Segundo ele, falar de inovação não é um processo simples e depende, sobretudo, da compreensão sobre o atual modelo da companhia e onde ela quer reposicionar o seu negócio no futuro.

Falar de inovação depende muito de cada contexto setorial. Sobre inovação, o que me trouxe até aqui não é o que vai me levar lá para a frente”
Luiz Fernando Musa
CEO do Grupo Ogilvy

Vanessa Gordilho, VP Payments da Getnet, empresa de meio de pagamento, destacou que o ponto de partida da inovação na empresa é dominar a jornada do consumidor para, enfim, pensar em incrementar ou até mesmo propor uma reviravolta. “Uma visão que defendo é a ideia de que fazer o básico bem feito é uma forma de inovação. É preciso dominar o seu modelo para, assim, partir para o novo”, afirma.

Sobrevivência

Na avaliação dos executivos, inovar também é um processo ligado à sobrevivência do negócio. É o que afirma Cesário Nakamura, CEO da Alelo. “Nos últimos anos, falamos de cocriação dentro de um setor comoditizado. Falamos de ecossistemas de inovação aberta, o open innovation. No entanto, também adotamos um novo modelo. Lá fazemos o novo por meio da nossa diretoria de gente e inovação”, afirma.
A inovação a partir do investimento em pessoas também foi destacado pela Atos, uma empresas francesa de serviços de TI.

“Falar de inovação em uma empresa de tecnologia é chover no molhado. É algo inerente do nosso trabalho, pois, do contrário, não sobreviveríamos como companhia. Isso está no mindset dos nossos funcionários e essa é a maior inovação. Todos na companhia devem falar sobre inovar. Para tanto, encerramos a área de inovação”
Nelson Campelo
CEO para América do Sul da Atos
Algar Tech, que possui tecnologia até no nome, não se autointitula como empresa de tecnologia. Segundo Tatiane de Souza Lemes Panato, diretora presidente da empresa, a companhia se apresenta como especialista em processos de negócios. “Não classificaria como empresa de tecnologia. No fundo, ela apenas nos ajuda naquilo que realmente fazemos, que são processos de negócios. Para tanto, contamos com duas estratégias importante para alcançar os nossos objetivos: a maneira como oferecemos os nossos produtos e a outra é colocar o cliente no centro do nosso negócio”, afirma.

Valores e metas

Inovação também se corporifica no universo corporativo como um propósito. Isso faz sentido ao olharmos as mudanças ocorridas em 150 anos de história da Kimberly Clark. De acordo com Gustavo Schmidt, CEO da companhia,  a incorporação dessa ideia nos valores da companhia tem garantido a perenidade e o crescimento da empresa.
“Para a Kimberly Clark, a inovação é um dos valores da companhia. Isso faz com que a nossa companhia tenha que se reinventar todos os dias. Para isso, entendemos que o novo deve ter como foco o entendimento da experiência  do cliente”, afirma.
Por fim, inovar não poderia ter outro objetivo senão romper com velhas práticas. Em um passado recente, a Mastercard defendeu o fim do dinheiro físico. A postura, criticada por alguns players do mercado financeiro, foi confirmada.

“Inovação passa por outra coisa, que é definir uma agenda. Nós definimos lá atrás que o dinheiro iria acabar. Hoje, o mundo discute justamente esses efeitos dos pagamentos feitos por meios digitais. O importante é termos em mente que não devemos ter uma solução única para um problema”
João Pedro Paro
Presidente da Mastercard  Brasil.
Fonte: Consumidor Moderno

Nenhum comentário:

Postar um comentário