No último artigo que escrevi em novembro de 2019 comentei sobre o quanto a loja física mudou os seus desafios e, no entanto não tinha me dado conta que essa mudança pode ser ainda mais profunda das que imaginei até então…
* Imagem reprodução
Em uma de nossas últimas experiências de pôr em prática uma loja física OMNICHANNEL – onde tivemos a chance de colaborar desde a concepção até a implantação – nos deparamos com o nosso entorno, com o Brasil que também somos.
O Brasil que não tem acesso, o Brasil cheio de carências e limitações e muitas vezes esquecido no plano de negócios. Um novo persona, um novo público.
Explico-me. Deparamo-nos com hordas de crianças e adolescentes, aparentemente desamparados e muitos sem moradia fixa, utilizando os shoppings como única, talvez maneira de se distrair como uma criança moderna, com brinquedos digitais, oferecido como experiência para o nosso consumidor…
Demo-nos conta que aquela loja que criamos estava servindo – também – como um verdadeiro “playground” para elas – estes “consumidores”, onde ali podem ter acesso aos jogos, música, interações e experimentações digitais!
Como prever esse impacto? Reconheço que não previmos e a experiência é desafiadora. O que fazer? Proibir?
Nosso primeiro impulso – natural até – é buscar restringir. E vários novos dilemas se apresentaram:
Afinal de contas, e o nosso consumidor comprador?
E o público passante do corredor comercial, como reagiriam a este compartilhamento?
Há risco, na questão segurança?
É possível nos mantermos distantes dessa realidade sem nos afetarmos?
Todas essas questões foram surgindo dentro deste contexto e que nos levou a necessidade de repensar o “negócio e sua missão”, e concluímos que há também uma missão social. Segundo Nizan Guanaes, em artigo publicado no último dia do ano, ‘Folha de SP’, e intitulado: “O mundo é um jardim: Nosso desafio é ajudar a reinventar este capitalismo tão desigual”, afirma:
“Nós empresários temos que plantar empregos e sementes que transformam o mundo.”
Missão social, inclusão, transformação de mundo.
Em nossa opinião, entendemos que deveríamos incluir e não repelir. Aí está o desafio. Algumas ideias de impacto coletivo, como convidar o shopping e conjuntamente propor medidas, ações ou espaços acompanhados e monitorados que este novo público possa se divertir e aprender, compartilhar, negociar entre todos os momentos mais oportunos para que, também, possam curtir a loja sem afetar seu funcionamento e até com monitoria dos colaboradores para maior absorção de conteúdo.
Entendemos definitivamente que não estamos em uma ilha! O entorno do negócio e seus habitantes fazem parte do todo e esse todo deve ser acessível.
E um pouco mais sobre missão social, concluímos que aproximaríamos ainda mais aos valores da marca, “ser acessível a todos”!
Acredito que todos desejam um Brasil mais solidário e com oportunidades. Acompanhei várias personalidades declarando seus desejos de ano novo nas redes sociais recentemente, e assim como eles compartilho do desejo de: mais Brasil que queremos para os brasileiros. O varejo pode e deve assumir uma parte deste papel!
#VarejoInclusivo
NOTA: A GS&Consult, consultoria de negócios do grupo Gouvêa de Souza atua da Estratégia a operação.
Na consultoria adotamos o modelo “agile” de atuar e entregar nossos projetos. Através de “sprints” pré-determinados e validação com nossos clientes a cada etapa, considerando a volatilidade do mercado e novas demandas, cada projeto evolui se adequando ao mercado até a entrega final totalmente aderente as necessidades do negócio.
Fonte: Mercado e Consumo
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