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quarta-feira, 22 de julho de 2020

Os 5 vetores da transformação digital no consumo e no varejo

Quem estava na frente tem que continuar se movimentando mais rápido. Quem se achava alinhado precisa acelerar e quem estava para trás vai ter que mudar de forma dramática o ritmo. Se transformação digital já era um tema importante para todos, agora se tornou vital, porém reconfigurada em sua forma e relevância.
Transformação digital no varejo e consumo
O período que estamos atravessando ficará marcado como aquele em que o digital saltou na escala da transcendência na realidade dos negócios, não importa em que atividade sua empresa atue. E tudo tem a ver com o protagonismo que o tema adquiriu no mundo e seus impactos nos negócios e no futuro das atividades empresariais e na própria sociedade.
Os elementos fundamentais do processo de transformação digital passam por cinco vetores que atuam de forma interconectada e convergente.
1 – O mapa das transformações digitais que impactam ou podem impactar seus negócios no presente e no futuro: Esse é o primeiro vetor e o que permite uma visão ampla a partir do mercado de todas as inovações e transformações digitais que já estão disponíveis e mais aquelas em fase embrionária e que podem impactar seu negócio. Para essa análise estão disponíveis diferentes instrumentos, usualmente produzidos por empresas de inteligência, pesquisa e consultoria, que mapeiam tudo que está já sendo utilizado em suas diversas fases, blocados segundo suas finalidades. Esses mapas permitem ter uma visão ampla das alternativas e deve-se considerar cada elemento do processo de transformação considerando seu impacto atual e de médio e longo prazo no negócio atual e sua visão sobre o futuro.
Esses impactos devem ser considerados e ponderados segundo sua condição de reduzir ou aumentar receitas e resultados, tanto na sua oferta quando no seu uso como instrumento na operação e na gestão do negócio.
Como o crescimento dos pagamentos digitais vai impactar sua relação com seus clientes finais e fornecedores? Como a biometria facial pode melhorar seu nível de serviço? Como as lojas autônomas podem ocupar espaço em relação aos formatos tradicionais? Como a incorporação de games irá influenciar o ensino, o aprendizado e o treinamento? Como a comunicação digital na loja física pode influenciar acesso, espaço, processos e decisão de compras? Como o domínio de informações e o monitoramento dos hábitos de seus clientes pode se transformar em vantagem competitiva e estratégica essencial? Quão próximo seu negócio estará do núcleo dos ecossistemas em que sua empresa estará inserida? Em quais ecossistemas sua empresa poderá estar inserida?
Para cada desenvolvimento tecnológico surgem diversas variantes de possíveis impactos e geram questões que pedem um repensar estratégico de seu próprio negócio à luz do redesenho do mercado e do ambiente de negócios precipitados pela transformação digital;
2 – Cultura digital como novo normal: O digital foi ao longo do tempo migrando do diferente e novo, passando pelo acessório e até se transformar em essencial. E nesse aspecto a cultura das organizações deve incorporar nesse decantado novo normal essa nova realidade. Não será a incorporação de novas tecnologias e recursos que irá transformar as organizações, mas a entronização na organização do ser, pensar e agir digital de forma natural. É simples e fácil quando pensamos em startups, fintechs e negócios focados em tecnologia. Mas é complexo e desafiador quando pensamos em organizações estruturadas em processos e modelos mais tradicionais e mais difícil ainda quando pensamos em empresas de sucesso e líderes em seus segmentos.
Migrar de uma cultura tradicional de operação e gestão de negócios para incorporar a cultura digital requer uma liderança interna mobilizadora e estimuladora da transformação, programas de desenvolvimento, atualização e educação e a “inoculação” na organização de novas lideranças e programas que estimulem a percepção da importância da migração. E como tudo que envolve cultura demanda tempo, foco e obstinação na implementação;
3 – Comunicação digital: Em todos os processos transformacionais a comunicação tem papel crítico. Seja no ambiente interno, como instrumento complementar na transformação da cultura, seja no ambiente externo, ao mostrar a face reconfigurada da organização pela incorporação do digital e seus benefícios para consumidores e parceiros. Os programas de comunicação devem necessariamente estar alinhados com a visão da transformação digital futura sem minimizar a realidade atual, para não gerar desconexão sobre o presente e a transformação para o futuro, permitindo a geração de hiatos que tornariam a organização percebida de forma desconectada;
4 – Os instrumentos de transformação digital interna na operação e na gestão: Para além da cultura e da comunicação, a transformação digital envolve a incorporação de novos recursos para a operação e gestão do negócio que podem acelerar e consolidar todo o processo. A incorporação de plataformas integradas tanto na gestão como na operação envolvendo todos os setores da organização é um dos elementos mais importantes no processo de transformação digital pelo que acelera na intimidade de todos com os novos instrumentos digitais, contribuindo ainda, passada a fase de adaptação, para melhoria, eficiência, produtividade e os resultados, sempre avaliados considerando os diferentes níveis de investimentos. E essa é uma questão crítica, pois novos recursos são constantemente disponibilizados e atualizados exigindo novos investimentos, adaptações e treinamento;
5 – Dimensionando e medindo a transformação digital: Onde estamos, onde queremos chegar e com quais benefícios para quem?  Essas são as questões críticas que envolvem as decisões ligadas à jornada de transformação digital e que devem ser respondidas já num primeiro momento e constantemente monitoradas para que se tenha efetividade de todo o processo e que possamos ter uma correta mensuração dos investimentos, resultados e retorno de tudo que será feito.
A jornada de transformação digital de uma organização é um processo amplo, profundo e permanente, considerando os novos elementos ligados à tecnologia constantemente incorporados.
Se no passado poderíamos decidir quando promover, no presente não há opções. Tem que ser feito o mais rapidamente possível para não transformar seu negócio numa Kodak dos novos tempos, aquela que até criou uma alternativa digital às fotos tradicionais, mas preferiu promover uma mudança mais gradual a o que foi imposto pelo mercado.
Fonte: Mercado & Consumo

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