Analistas dizem que há preferência por shoppings voltados ao público de maior renda.
Por Cristiana Euclydes
Os investidores estão otimistas quanto ao setor de shoppings brasileiros para este ano, mas com a alta da inflação e uma visão pouco clara de uma inflexão nas taxas de juros, há um nível de cautela para os períodos posteriores, diz o Credit Suisse, em relatório, após reunião com os fundos imobiliários HSI, Vinci Malls e XP Malls.
Os analistas Pedro Hajnal e Vanessa Quiroga escrevem que o discurso sobre expansão das vendas continua positivo, com os volumes ganhando força no segundo trimestre e o fluxo de clientes se recuperando lentamente, ainda 10% abaixo dos níveis pré-pandemia.
Já a atividade de fusões e aquisições deve permanecer baixa, pois os fundos imobiliários (REITs, na sigla em inglês) estão em uma posição difícil para levantar dinheiro, mas parece haver oportunidades chegando ao mercado, dizem os analistas.
Nesse ponto, afirmam eles, parece mais atraente recomprar ações e cotações, dada a avaliação com desconto, em vez de adquirir ativos. “Os projetos ‘greenfield’ continuam sendo vistos com ceticismo, dados os custos de construção e as condições econômicas voláteis do Brasil”, escrevem.
Por fim, dizem os analistas, há uma preferência por shoppings dominantes expostos ao público de maior renda, pois as condições cambiais podem ter limitado as viagens internacionais e transferido o consumo de bens de luxo para o mercado doméstico.
Fonte: Valor Investe
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