Transformações constantes e cada vez mais aceleradas ampliam a complexidade da gestão de experiências. Saiba como lidar.
“Se o cliente tiver uma experiência positiva com a sua marca, ele vai contar para mais três pessoas; mas, se a experiência foi negativa, a mensagem vai se espalhar para muito mais pessoas. Hoje, com as redes sociais, isso é exponencial”, comenta. Por isso, é indispensável conhecer também a jornada do cliente e planejar cada ponto de contato cuidadosamente para criar uma experiência coerente e consistente. “Frequentamos nove canais diferentes para cumprir a nossa cesta de compra. E não adianta só olhar para aspectos econômicos. É preciso também entender atitudes e valores”, diz.
Essa compreensão mais profunda dos clientes é essencial para melhorar a logística, o atendimento ao cliente e a navegabilidade do site, entre outros aspectos. “Ferramentas de Customer Relationship Management (CRM) também desempenham um papel importante, indo além da ativação promocional. Elas podem ajudar a definir estratégias de layout de loja, combinações de cestas, adjacências e entender a hierarquia de como o cliente toma suas decisões de compra. No entanto, é essencial ter uma base de dados qualificada, pois dados de má qualidade podem levar a erros. Personalização é a chave, e isso é habilitado pela inteligência artificial e uma base de dados sólida”, detalha Fátima.
Além da tecnologia, o cuidado com canais é estratégia fundamental para o varejo. Novos formatos de lojas e segmentações estão surgindo, adaptando-se à evolução das demandas dos consumidores. “A jornada de compra do cliente não é mais linear, é 360° e está integrada, por isso, uma experiência ruim pode comprometer o todo – e inclusive fazer com que o cliente não volte nem recomende a empresa.”
Fátima destaca que o varejo entrou na era da retenção: a digitalização continua a se fortalecer, e investir na atração de clientes e no valor do ciclo de vida do cliente (LTV) se torna crucial. “A experiência do cliente se torna fluida; a consistência e a coerência entre a promessa e a entrega de valor são essenciais”, afirma.
Nesse sentido, é válido também que o varejo entenda a importância de ir além do produto: é preciso oferecer soluções completas, não apenas produtos individuais, como uma estratégia eficaz para melhorar a retenção de clientes e criar relacionamentos duradouros. “A tecnologia tem desempenhado um papel fundamental. A inteligência artificial está sendo usada para melhorar a logística, personalizar a experiência do cliente e muito mais. No entanto, é importante entender que a tecnologia é apenas um meio, não um fim. Precisamos também focar em pessoas e processos”, avalia.
“Portanto, a lição aqui é clara: conhecer o cliente e adaptar as estratégias de negócios com base nesse conhecimento é essencial para o sucesso a longo prazo no varejo e em qualquer setor. O cliente é o centro de todas as decisões, e atendê-lo de forma eficaz e personalizada é o caminho para maximizar resultados”, conclui.
Fonte: Consumidor Moderno
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