Estudo TrendMe de tendências identificou 4 mudanças no comportamento de compra do consumidor que estamos vivenciando e mal percebemos.
No mundo dos negócios e do varejo, nós criamos estratégias para chegar até os consumidores e, quando eles mudam, adaptamos nossos planos na direção deles. Mas, algumas vezes, demoramos para perceber as mudanças, suas dimensões exatas e possíveis consequências, principalmente as mais lentas que ocorrem ao nosso redor. Ou seja, as mudanças são conhecidas porque são vivenciadas, mas não nos damos conta da sua evolução. Além da proximidade com a mudança embaçar nossa visão, temos uma especial facilidade para associar o processo de transformação do consumidor com as novidades tecnológicas mas, nem sempre, a mudança está associada à tecnologia. O estudo de tendências “TrendMe” feito pela Dexi Marketing mapeou diversas importantes mudanças no comportamento de compra dos clientes no Brasil, Estados Unidos, Europa e sudeste da Ásia. Abaixo estão listadas 4 dessas mudanças mencionadas no estudo que levou 18 meses para ser construído.
Gênero: moda, cosméticos e trabalho.
Espere mudanças mais expressivas nas segmentações de gênero nos próximos anos. As grandes segmentações até pouco tempo davam conta de dois públicos evidentes: masculino e feminino. Hoje, e ainda mais no futuro, a distinção será menor. O universo neutro aparece como uma importante mudança, tanto para os consumidores quanto para as marcas e produtos que não precisam, ou querem, se distinguir ou se associar com a segmentação de gênero.
Alimentos: food service, bens de consumo, entretenimento e viagens.
As refeições serão cada vez mais associadas pelos consumidores com inclusão, entretenimento e informação. Alimentos saudáveis permanecem fortes no mercado, mas a principal mudança no comportamento de consumo está relacionada com a forma como as pessoas se relacionam com os alimentos. Por exemplo, o desperdício de alimentos em restaurantes e no processo de fabricação ganhará cada vez mais atenção dos consumidores. Prepare-se para um mercado de alimentos mais exigente e muito melhor informado que o atual.
Mídia: propaganda, tecnologia, branding, varejo entre outros.
A obrigação de mídia vai diminuir expressivamente nos próximos anos. Se as mídias tradicionais já têm reduzido sua importância na era digital, imagine que o relacionamento terá cada vez mais poder de influência na decisão de compra. As campanhas de marketing mais efetivas utilizarão atributos como storytelling, impactos sociais e motivos autênticos que propiciem o maior engajamento das pessoas com as marcas que elas amam. Histórias reais e benefícios futuros serão mais poderosos, leia “rentáveis”, do que as aplicações de milhões em mídias tradicionais.
Customização: moda, food service, tecnologia, serviços entre outros.
Cada cliente é único, esqueça a ideia que uma solução servirá para todos. A customização é próxima fronteira para o varejo, ainda mais importante, para não dizer “esperada” pelos consumidores, na era digital. Isso porque um dos fatores crescentes de diferenciação entre marcas, ou locais de compra, é a adaptação do produto à necessidade do cliente. Em uma economia com ofertas massificadas com “produtos tão bons quanto”, a capacidade de gerar valor adicional é cada vez mais apreciada pelo cliente. Considere que a criatividade tem maior valor que a produção em escala.
O estudo TrendMe com essas e outras tendências de varejo e comportamento do consumidor, será apresentado no mês de setembro nas cidades de Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. As inscrições poderão ser feitas no site www.trendme.com.br.
Fonte: O negócio do Varejo
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