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terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Para mostrar a origem de seus diamantes, Tiffany utiliza rede de dados

A marca americana de luxo está preocupada em atrair os consumidores mais jovens e a sustentabilidade é fator determinante para agradar esse público.



Tiffany & Company afirma que, a partir desta quarta-feira (10), vai passar a oferecer informações para seus clientes a respeito da origem de seus diamantes. Segundo o The New York Times, a ação é parte do esforço da tradicional joalheria para atrair uma clientela mais jovem, mais engajada em questões socioambientais que os consumidores de outras gerações mais velhas.
Além de se preocupar com questões da cadeia produtiva, a marca tem como estratégia rejuvenescer a aparência de suas lojas e produtos. A Tiffany avalia que os consumidores mais jovens podem ter um olhar menos entusiasmado para suas lojas por conta do preciosismo na decoração, que deixa o ambiente mais pesado que o das lojas de marcas contemporâneas. A Apple (também um símbolo de status) pode ser um exemplo, com suas lojas claras e arejadas. Além disso, peças muito pesadas são vistas pelos mais jovens como bugigangas, demasiadamente espalhafatosas.
Pela dificuldade de atrair jovens, as vendas da marca foram decepcionantes ao longo dos últimos anos e levaram à renúncia do executivo-chefe em 2017. Alessandro Bogliolo, assumiu o cargo há 15 meses e desde então a empresa tem apresentado resultados melhores, mas ainda abaixo da expectativa de Wall Street. As ações da empresa caíram 17% com o resultado frustrante das vendas em novembro.
Bogliolo atribui grande parte dos resultados à guerra comercial dos Estados Unidos com a China e a redução das compras dos chineses endinheirados de produtos americanos. A China tem sido o grande mercado para os produtos de luxo no mundo.
A solução tem sido recorrer novamente aos consumidores americanos e europeus. Desta vez, os mais jovens.

Informações detalhadas

Para captar esses novos consumidores ocidentais, a Tiffany quer atender a necessidade por produtos sustentáveis e a sede por informação dessa nova geração. Para isso, passará a compartilhar os dados sobre onde cada diamante foi cortado, polido e definido. Porém, esse nível mais aprofundado de informações só será alcançado em 2020, segundo o executivo.
Bogliolo disse que espera um dia poder fornecer também o nome da mina onde as pedras foram encontradas, o artesão que moldou seus contornos e os joalheiros que as colocaram no mercado.

Blockchain

A rede aposta no uso do blockchain em algumas ocasiões para dar mais segurança às informações referentes à origem dos diamantes, como evidências de que as peças não foram recolhidas ou lapidadas por mãos escravas ou de crianças ou mesmo para financiar guerras ou atividades terroristas. Acusações que sempre pesam sobre o mercado de pedras preciosas.
Fonte: Consumidor Moderno

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