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quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Como a VANS explodiu no Brasil depois de parceria com a AREZZO

Se a Vans já era usada nos escritórios em lugar de sapatos desconfortáveis, com o home office os tênis são ainda mais procurados. 

A Vans, marca conhecida pelos tênis clássicos usados tanto por skatistas quanto em escritórios mais descolados, passou a ser distribuída exclusivamente pelo grupo Arezzo & Co no Brasil a partir de janeiro deste ano. Desde então, a marca acelerou seu processo de abertura de lojas físicas e quer dobrar o número de unidades até o fim do ano, aumentou sua eficiência no comércio eletrônico e integrou suas vendas digitais às lojas físicas, usando sistemas e malha logística do grupo brasileiro.


Presente no Brasil desde 1998, depois da parceria a marca começou a ser liderada pela Maíra Anastassakis, primeira mulher a assumir essa posição no Brasil e na América Latina. “A estratégia, desenvolvida em conjunto com a detentora da marca, é de fincar a bandeira da Vans pelo país”, diz a diretora.


Presente em mais de 2.000 pontos de venda multimarcas, principalmente no Sul e Sudeste, a Vans passou a focar na abertura de lojas físicas. Atualmente a marca tem sete lojas, duas próprias e cinco franquias, além de quatro outlets – quatro dessas lojas foram abertas apenas esse ano. Até o final do ano, quer chegar a 15 unidades físicas, multiplicando por cinco o número.


A primeira loja própria da marca foi aberta em 2018 e até o fim do ano passado eram apenas três lojas, além dos quatro outlets. Já em 2020, a expansão das lojas físicas começa pelo Sudeste. Em poucos meses, a empresa abriu uma loja no Rio de Janeiro, onde pretende ter mais uma loja de rua, duas unidades em Belo Horizonte, MG e uma em Campinas, SP. Já em novembro o plano é chegar ao Nordeste, com sua primeira loja em Fortaleza, CE.

Comércio eletrônico

Outro foco do crescimento da Vans é pelo comércio eletrônico. A marca tem seu próprio site e está presente no ZZ Mall, marketplace criado pelo grupo Arezzo em agosto para reunir todas as marcas de seu portfólio.


Para a Vans, a incorporação ao grupo deu a ela acesso a uma grande infraestrutura tecnológica. A partir de janeiro, o sistema de comércio eletrônico passou a ser integrado às lojas físicas e vice-versa. Assim, as compras online podem ser retiradas nas lojas físicas e as lojas têm acesso a todo o estoque oferecido pela marca, mesmo que uma certa cor ou numeração não esteja disponível na loja.


Além disso, os vendedores das lojas físicas podem vender pelo Whatsapp, ferramenta que foi essencial durante o período de fechamento das lojas. A Vans também usa um centro de distribuição da Arezzo para ganhar mais agilidade nas entregas.

Tênis na pandemia

Se a Vans já era usada em escritórios pelo país, no lugar dos desconfortáveis sapatos masculinos ou saltos femininos, nos últimos meses essa prevalência aumentou ainda mais. Com a pandemia e o trabalho remoto, de casa, a marca ganhou ainda mais relevância nos pés de seus consumidores – mas não só. A companhia viu as vendas de moletons, camisetas e até de meias aumentarem.

Ainda que a marca seja reconhecida pelos tênis, o objetivo das unidades físicas é mostrar que há muitos outros produtos disponíveis. Os calçados, inclusive, ficam nos fundos da loja, para que os consumidores passem pelas camisetas, jaquetas, bonés e acessórios antes de chegar aos produtos mais conhecidos.


Fonte: SBVC

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