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segunda-feira, 18 de julho de 2022

Com desaceleração, varejistas do e-commerce adaptam estratégias para preservar caixa

 

Valuations estão incorporando mais elementos que mostram que as empresas conseguem sobreviver por conta própria, diz BTG (Imagem: Freepik/@snowing)

Após o impulso da pandemia, no período mais agudo das restrições de deslocamento, o e-commerce deve seguir uma tendência de desaceleração no curto prazo.

Com isso, players brasileiros do setor estão adaptando suas estratégias de modo a preservar caixa para enfrentar as adversidades do cenário macroeconômico.

Segundo o BTG Pactual (BPAC11), em relatório divulgado na quarta-feira (13), os valuations estão incorporando mais elementos que mostram que as empresas conseguem sobreviver por conta própria, em termos de lucro e fluxo de caixa.

“Isso implica mais uma estratégia de busca por qualidade (flight-to-quality) no curto prazo, com vários players buscando preservar o caixa”, destaca.

Repensando nos gastos com publicidade, as empresas estão ampliando seus investimentos em ferramentas de social selling, com foco em otimização de etapas e agilidade do processo de compra do consumidor, levando a maiores taxas de engajamento, conversão para varejistas e monetização.

Um exemplo dado pelo banco é o TikTok. O BTG destaca que a empresa vem monetizando rapidamente a atenção impulsionada por ferramentas de social selling, levando a receita a cerca de US$ 4 bilhões no ano passado. Em 2022, a expectativa é de que o resultado atinja US$ 12 bilhões, quase todo em publicidade.

Exposição de longo prazo

Embora o e-commerce ainda seja uma tese estrutural para a instituição, o BTG prefere a exposição de longo prazo a players horizontais em um cenário de maior custo de captação para financiamento dos planos de crescimento, pressões inflacionárias e concorrência em alguns nichos de mercado. Além disso, essas empresas têm mais liquidez, destaca o banco.

Dessa forma, o Mercado Livre é a ação top pick no setor para os analistas.

Também em relatório recente, o BTG revisou os preços-alvo das ações do Magazine Luiza (MGLU3), da Via (VIIA3) e da Americanas (AMER3).

O banco cortou o alvo do Magazine Luiza de R$ 16 para R$ 7, mas manteve a recomendação de compra, pois acredita que a empresa deve evoluir como um ecossistema nos próximos anos, graças às últimas aquisições.

Para os papéis da Americanas, o banco reduziu o preço-alvo de R$ 45 para R$ 29, ainda com recomendação de compra.

Para a Via, a recomendação é neutra, com novo preço-alvo de R$ 4 (contra R$ 8 anteriormente).

Além da desaceleração do e-commerce e do aumento da competição no setor, as provisões anunciadas para os próximos anos devem continuar pressionando os resultados da companhia, avalia o BTG.

Fonte: Infomoney

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