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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Brasil puxa clima econômico na América Latina, mostra FGV

Houve avanços no continente nos dois índices que compõem o ICE. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu de 5,2 para 5,8 pontos entre as sondagens de outubro de 2011 e janeiro de 2012. O Índice de Expectativas (IE) subiu de 3,5 para 4,2 pontos na mesma comparação. Apesar da melhora, a região permanece na fase de declínio, determinada pelo ISA acima de 5 pontos e o IE abaixo da mesma marca.
No Brasil, o ICE registrou uma melhora expressiva, subindo de 4,8 para 6,2 pontos. O país passou da fase de recessão - quando ISA e ICE estão abaixo de 5 pontos - para boom, com os dois indicadores acima de 5 pontos. “No caso brasileiro, Houve uma melhora da avaliação da inflação”, comenta a coordenadora de projetos do Centro de Economia Internacional do Ibre/FGV, Lia Valls. “Em outubro, o tema da inflação ainda pesava muito, mas o Brasil conseguiu ficar dentro da meta”, conclui. Também pesaram para a melhora do Índice as persectivas de crescimento maior para este ano frente a 2011 e a redução da taxa básica de juros.
Embora as previsões apontem para uma redução do saldo da balança comercial brasileira, a economista prevê que a liquidez no cenário mundial “pode levar a que se volte a utilizar aplicações de commodities como um ativo”, o que beneficiaria o Brasil. “O mergulho que deu o preço das commodities, provavelmente não vai acontecer este ano”, afirma Lia, para quem o país pode fechar o ano com superávit na balança comercial.
O segundo melhor resultado no continente foi da Colômbia. O ICE do país passou de 5,5 para 6,7 pontos. Outros países que se destacaram foram o Peru (variação de 6,2 para 6,4) e o Uruguai (de 5,9 para 6,3).
O ICE registrou melhora em todos os países analisados no continente com a excessão do Chile, que manteve-se estável com 4,9 pontos, da Argentina (declínio de 5,2 para 4,7) e do Paraguai (declínio de 5,7 para 4,2).
“Mesmo com toda a turbulência no cenário internacional, os países latinos imaginam um ano de 2012 com resultados mais favoráveis do que 2011. Não necessariamente em termos de crescimento econômico, mas de clima”, afirma Lia. Ela ressalta que não há como saber a sustentabilidade desse resultado para as economias dos países da região. “De acordo com as previsões da Cepal, pouquíssimos países vão crescer mais do que no ano passado, o Brasil é um deles”.
No mundo, o ICE também apresentou melhora na primeira sondagem de 2012. O índice registrou 4,6 pontos em janeiro frente aos 4,4 registrados em outubro de 2011. A evolução foi puxada pelo Índice de Expectativas que subiu para 4,6 pontos ante os 4,1 da última sondagem. O ISA registrou piora, caindo para 4,5 pontos ante os 4,6 de outubro.
O ICE da América Latina engloba 18 países e é ponderado pela participação da corrente de comércio de cada um no comércio mundial.


Fonte: Valor Online

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