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segunda-feira, 12 de março de 2012

Varejo se beneficia com o aumento de renda da classe média

Varejo se beneficia com o aumento de renda da classe média
Em 2015, a classe C, que hoje representa 54% da população e responde por 51% da renda, deve ter o consumo equivalente ao das classes A e B somadas
O consumo familiar no Brasil, estimado em R$ 2,34 trilhões no ano passado, deve chegar a R$3,53 trilhões em 2020, e representará 65% do PIB. Grande parte desse aumento deve-se à classe C que, neste período, deverá sustentar um aumento de 40% do PIB no Brasil.
O varejo é um dos maiores beneficiados com a ampliação do mercado consumidor. Em 2015, a classe C, que hoje representa 54% da população e responde por 51% da renda, deve ter o consumo equivalente ao das classes A e B somadas.
Esses e outros números foram divulgados em um estudo realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) divulgado na última quarta-feira (29). Segundo a pesquisa, o País já passa por um forte processo de crescimento do mercado consumidor. A taxa de desemprego passou de 11,7% para 6,7% e a massa real de salários aumentou em torno de 30% entre 2002 e 2010. Além disso, em 2003, cerca de 49% das famílias brasileiras pertenciam às classes A, B e C; hoje, são 61 %.

De acordo com a entidade, o comércio varejista foi um dos setores privilegiados com a mudança dos padrões sociais da população. Uma vez que ele praticamente dobrou de tamanho em menos de dez anos. O crescimento médio foi de 9% ao ano entre 2004 e 2010, um aumento real de 82% nas vendas no período.
O estudo utilizou os dados da Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE, que acompanhou o comportamento de consumo de 60 mil famílias brasileiras por um ano.

A classe E ganha hoje, em média dois salários mínimos. A classe A/B, cerca de 30 salários. O que está no meio é a classe média. “O nosso País tornou-se uma economia de classe média com renda maior e melhor distribuída”, comentou Altamiro Carvalho, assessor econômico da Fecomercio-SP. Em seis anos, a base da pirâmide mudou e diminui de 51% da população para 39%. E , esses 39%, tiveram aumento de renda de 11%.
De acordo com a instituição, as mudanças já estão visíveis no comportamento do consumidor. Dois exemplos bem ilustrativos estão na área de serviços. O brasileiro passou a comer mais vezes fora de casa, e com isso, o gasto com bares, restaurantes e lanchonetes tiveram alta de 26,6%, passando a R$ 145,59 por mês, no período entre 2003 e 2009. Outro dado mostra que os gastos com cabeleireiros ultrapassam R$ 1 bilhão por mês, sendo maior que o gasto com o consumo de frango.
Para Antonio Carlos Borges, diretor executivo da Fecomercio, “o principal fator que influenciou o comportamento de consumo desse novo consumidor foi a estabilidade econômica”, além dela a grande oferta de crédito que deve crescer mais 15% neste ano.
Envelhecimento
Hoje a população economicamente ativa brasileira é de 130 milhões de pessoas. Em 2020, será de 145 milhões. Em 2010, o Brasil contava com 18 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Entre 2015 e 2020, esse número pode pular para até 26 milhões de pessoas. Segundo a Fecomercio, essa conta não fecha e esse é o principal desafio do País nos próximos anos.
Fonte: Portal no Varejo

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