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terça-feira, 3 de julho de 2012

Marcas vão abrir no JK até 5 meses após inauguração

Marcas de luxo estrangeiras, que vão inaugurar as suas primeiras lojas no Brasil no shopping JK Iguatemi, em São Paulo, só devem abrir os seus pontos neste segundo semestre. A necessidade de obedecer um calendário de aberturas internacionais - determinado pelas matrizes - explica o descasamento das datas. Problemas ligados a dificuldade na liberação de produtos importados, por conta da operação Maré Vermelha, da Polícia Federal, também teriam afetado algumas grifes, segundo apurou o Valor com uma varejista.
Entre as empresas que permanecem com as lojas fechadas, há pelo menos 12 grifes de moda, acessórios ou cosméticos. O shopping foi aberto em 22 de junho.
Entre as estrangeiras com a primeira loja no Brasil estão, por exemplo, Chanel, Miu Miu, Prada, Gucci, Rapsódia, Sephora, além de outras que já atuam no Brasil, como Adidas e Scarf me, que mantém os tapumes nas portas. No portfólio do JK, há 22 marcas com as suas primeiras lojas no Brasil localizadas no shopping. Ou seja, um terço delas não abriu até o momento. O JK informa que já tinha conhecimento do calendário de inauguração das grifes.
Procuradas, Gucci e Christian Louboutin (essa já tem lojas no país) informaram que não se programaram para abrir as unidades junto com o shopping. Elas estão seguindo um calendário de inaugurações mundiais. A Gucci prevê abertura para 21 de julho, e Louboutin para outubro ou novembro - até cinco meses após a abertura oficial do JK. Miu Miu e Prada tem a expectativa de inaugurar os pontos no segundo semestre e o cronograma de obras das duas lojas está sendo cumprido, informam.
A Chanel não se manifestou sobre o assunto. A Sephora informou que decidiu abrir a loja apenas após a inauguração do JK - a abertura será em 13 de julho. Portanto, quase três meses depois da data inicial prevista de abertura do JK, em 19 de abril. Por adiamentos ligados à questões legais, o JK foi inaugurado no mês passado.
Negociações entre novos shoppings e lojistas sobre as datas de inauguração dos pontos são comuns. Em certos contratos, não é cobrado aluguel pelo espaço até o início do funcionamento da loja. Muitas vezes, o empreendimento aceita isso porque busca parceiros novos e ganha com a entrada dessas marcas em seu portfólio.
Segundo um executivo de uma gestora de shoppings, cerca de 20% a 30% dos pontos de novos empreendimentos hoje não são abertos de forma concomitante com o shopping. "Há uns cinco anos, essa taxa era de 10%, 15%. Hoje ela dobra porque há um volume grande de inaugurações de empreendimentos ao mesmo tempo", conta.
Mas essa explicação pode ser entendida no contexto de redes de varejo que operam em grandes escalas, e portanto, lidam com diversas aberturas simultâneas. Não é o caso dessas marcas estrangeiras.
Na avaliação de especialistas da área, há outra questão em jogo. "Não abrir agora pode ser estratégico. A loja atrasa e decide fazer, sozinha, bastante barulho quando for abrir para valer. Se o adiamento for bem trabalhado, e não gerar mídia negativa, ela ganha duas vezes: quando o shopping inaugura, e há repercussão natural, e quando ela faz a própria abertura", diz uma fonte de uma construtora de pontos comerciais para lojas.
Isso aconteceu ao mesmo tempo em que grupos de lojistas chegaram a discutir internamente a hipótese de acionar o JK Iguatemi na Justiça por conta do atraso na abertura do empreendimento. O próprio JK chegou a considerar esse risco internamente e manteve relação próxima com as lojas para informá-las da situação.
Fonte: Valor Online 

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