Por acreditar na nova demanda nacional, já que mais de 256 milhões de números de celulares estão ativos no Brasil, as empresas de tecnologia têm aumentado o desenvolvimento de ferramentas e sistemas de pagamento adaptados à tecnologia mobile. Com a possibilidade de alocar tecnologia de última geração como o NFC (sigla de near-field communication), que faz trocas sofisticadas de dados por aproximação de dispositivos ou, no mínimo, enviar e receber mensagens de texto (SMS), players como a Scopus, controlada pelo Bradesco, mantêm uma área de desenvolvimento focada em mobilidade.
Em agosto, a ideia é lançar junto ao Bradesco um sistema de pagamento SMS para distribuidores atentos a fazer pagamento e liberação de mercadorias via mensagem de texto. "Todas as soluções para aparelhos móveis que colocamos no mercado tiveram aceitação rápida", disse Cristina Pinna, superintendente de Soluções da Scopus.
Sobre o projeto, a executiva ressaltou que o produto nasceu de reunião com a Ambev, que procurava uma solução para atender pequenos distribuidores. "Os entregadores de bebidas ainda vão até pequenos comércios deixar mercadorias e recebem o dinheiro na hora da entrega, o que atrai ladrões e pode ser um problema para a eficiência da operação. Juntos, pensamos em uma solução que atrela o celular do lojista e entregador em um sistema de transação de valores via conta bancária", explicou ela.
O novo modelo de pagamentos evita que os motoristas andem com dinheiro e facilita o controle logístico. "Trocando SMS no sistema distribuidor, o motorista informa que levou a mercadoria, o recebedor aceita e autoriza a transação de valores na hora, já que o software está integrado na plataforma do banco", explicou o gerente de Projetos da Scopus, Mateus Labliuk Leme.
No próximo ano, a empresa vai lançar um conjunto de soluções que transformarão o celular em uma carteira virtual para fazer pagamentos com tecnologia NFC ou via SMS em lojas e caixas de banco. O projeto esta em teste e aguarda algumas regulamentações para entrar no mercado.
Já a Evolucard aposta em um sistema de token para garantir a segurança dos dados bancários e pessoais dos usuários.
"Muitas pessoas têm dados de cartões de crédito roubados no Brasil, por isso temem usar o celular e até a Internet para fazer pagamentos", disse Jean Luc Senac, sócio da Evolucard. Para impedir que dados particulares fiquem na mão de hakers, a empresa criou um cadastro e sistema de distribuição numérico aleatório, que envia um token para clientes na hora de autorizar as compras. Jean conta que os usuários não usam mais a senha do cartão para finalizar transações, eles colocam os números que recebem no aparelho e a operação é realizada. A empresa desenvolveu sistema no Brasil.
Fonte: DCI
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