O setor de shopping centers deve ter mais uma rodada de resultados sólidos, a depender da avaliação do BTG Pactual. A expectativa é de que as vendas e aluguéis continuem saudáveis, assim como os níveis de ocupação e inadimplência.
"Assim como em trimestres anteriores, nós vemos pouco potencial para surpresas frente ao consenso no segundo trimestre de 2012, com as companhias postando números sólidos que devem reafirmar a natureza defensiva do setor", afirmam os analistas Marcello Milman e Gustavo Cambauva, em relatório a clientes do BTG.
O fluxo de caixa operacional por ação (FFOPS, na sigla em inglês) deve registrar crescimento médio de 4% na base anual, impulsionado por uma alta de 29% no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) agregado.
Essa alta, segundo os analistas, será resultado da combinação de adição de área bruta locável (ABL) e aumentos nos aluguéis, ofuscadas parcialmente pelos encargos financeiros desse aumento do espaço locável.
Resultados individuais
Dentre as empresas cobertas pelo BTG, a Iguatemi será a primeira a reportar os resultados, no dia 30 de julho, com impactos positivos da aquisição de fatias adicionais em seu portfólio de shoppings.
Segundo os analistas, a receita deve crescer 20%, para R$ 90,5 milhões, e o lucro 25%, para R$ 53,5 milhões, sem contribuições do shopping JK Iguatemi no período.
No dia 1º de agosto será a vez da BR Malls, com um crescimento esperado de 33% na receita líquida, para R$ 265,4 milhões, devido a aquisições e greenfields (projetos novos) inaugurados no período, como Catuaí.
Por outro lado, a expectativa é de que o lucro líquido da BRMalls caia de R$ 115,4 milhões para R$ 300 mil, afetado pela depreciação no câmbio "como resultados de grandes perdas não monetárias nas notas perpétuas denominadas em dólar".
A seguir, a Multiplan deve divulgar seus números (8/8), com um crescimento esperado de 18% na receita e de 6% no lucro líquido, para R$ 186,6 milhões e R$ 65 milhões, respectivamente.
Por fim, no dia 14 de agosto, a Aliansce reportará seus resultados, com expectativa de avanço de 36% na receita, para R$ 84,7 milhões, devido à aquisição do portfólio da Pargim, que deve ser completamente capturado no trimestre.
Em termos de lucro líquido, a expectativa é de queda de 42%, para R$ 21,3 milhões.
Fonte: Brasil Econômico
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