Na
altura do km 46 da rodovia Castelo Branco, em São Paulo, o primeiro outlet da
parceria BR Malls/Simons já está sendo construído: serão 157
lojas
No
último dia 29, as sócias BRMalls, a maior companhia brasileira de shopping
centers, e Simon Property Group, líder desse mesmo segmento no mundo, se
reuniram pela manhã com cerca de 200 varejistas no Hotel Unique, em São Paulo.
Foi a primeira apresentação ao mercado, com a presença do comando da Simon, do
projeto das empresas na área de outlets.
O
Valor conversou com executivos que estiveram no encontro. Os sócios
confirmaram a aquisição de terreno para a abertura do primeiro outlet das sócias
no país, com 30 mil metros quadrados e 157 lojas, na altura do quilômetro 46 da
Rodovia Castelo Branco, em São Paulo. Oficialmente, as empresas não comentam o
assunto. O local foi adquirido da SuccesPar Real State, do empresário César
Viana, e a construção ainda não começou. A abertura será em
2013.
Na
apresentação dos planos, Simon e BRMalls comentaram um cálculo de potencial de
abertura de 12 a 23 centros de compras no país em 11 capitais brasileiras.
Estima-se que cada empreendimento envolva de US$ 50 milhões a US$ 65 milhões em
investimentos, informou um dos lojistas ouvidos.
O
número anterior, divulgado publicamente pelas empresas em abril, quando
anunciaram a associação entre as partes nessa área, envolvia a abertura de 12
outlets até 2019 e investimentos totais de R$ 1,5 bilhão.
Pelos
cálculos apresentados no encontro, o Estado de São Paulo teria capacidade de
receber de 4 a 5 outlets da empresa, segundo análises dos sócios baseadas no
crescimento da renda e no consumo da população. No Rio de Janeiro caberiam de 2
a 3 empreendimentos. Manaus e Belém estariam fora do mapa. No Nordeste, Recife,
Fortaleza e Salvador podem ter condições de atrair investimento – mas na melhor
das hipóteses, dois outlets por Estado.
Parte
dessa avaliação tem a ver com o perspectiva de crescimento das classes A e B em
cada região – a camada da população que será o foco de atuação da operação dos
sócios no país. “Eles calculam que o outlet de São Paulo atraia 20 milhões de
pessoas ao ano”, conta um lojista. É quatro vezes a média anual do rival Outlet
Premium São Paulo, da General Shopping, localizado na rodovia dos
Bandeirantes.
Em
conversa com lojistas, no encontro há dez dias, o presidente da divisão da Simon
Premium Outlets, John Klein, disse que a empresa trabalha para trazer o que ele
chama de “supermarcas” para o país – marcas de luxo que já operam em outlets da
Simon nos EUA, mas que estão fora desse mercado no Brasil e também ainda contam
com poucas lojas no Brasil. A ideia seria convencer essas marcas a abrir lojas
nesses empreendimentos, importando as roupas das fábricas no exterior
diretamente para os pontos dentro dos outlets.
Não
seria preciso, portanto, passar pelas lojas antes de chegar nas pontas de
estoque. Além disso, a Simon comentou que irá alterar o atual projeto do outlet
existente até então – chamado de São Paulo Prime Outlets, e que pertencia à
SuccesPar Real State. Contratos já fechados com lojistas podem ser
revistos.
Para
mostrar confiança no projeto, executivos da BRMalls e da Simon reforçaram pontos
positivos do negócio. Disseram que os outlets ampliam o giro de estoque das
marcas e aumentam a economia de escala, já que o volume negociado aumenta e os
custos de operação caem. Ainda ressaltaram as diferenças que existem dos
projetos atuais para aqueles da década de 90, que falharam porque o cenário
econômico era instável e as lojas não tinham o que vender (as coleções nos
poucos outlets eram sobras de estoque antigos).
Fonte: Valor Econômico
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