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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

IBGE descarta perda de fôlego do varejo, com alta considerável

 

A desaceleração do ritmo de aumento das vendas do comércio varejista na passagem de outubro para novembro não indica perda de fôlego do setor, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta passou de 0,8% em outubro para 0,3% em novembro, na comparação com o mês anterior.

"Olhando para as atividades, percebe-se que realmente não há fundamento para apontar uma perda de fôlego do varejo", afirmou Aleciana Gusmão, técnica da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. Na avaliação do instituto, a expansão das vendas do comércio varejista restrito deve fechar o ano passado ao redor da taxa já acumulada nos últimos 12 meses até novembro, de +8,6%. "A gente está melhor do que no ano anterior, e não tão bom quanto 2010, porque tinha sido ano de recuperação da crise do fim de 2008 e de 2009", avaliou Aleciana. Em 2011, a alta das vendas foi de 6,7%, depois de uma taxa de 10,9% registrada em 2010.

Ela aponta a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a estabilidade do emprego, o aumento de renda do trabalhador e a disponibilidade de crédito como impulsionadores dos bons resultados, obtidos sobretudo nas atividades de móveis e eletrodomésticos, veículos e hipermercados. "O comércio está com um desempenho considerável, e, de certa forma, o consumo das famílias está sendo preponderante para estimular o crescimento econômico no ano de 2012."

Para o Instituto, as vendas de veículos devem mostrar recuperação em dezembro. A atividade de automóveis e motos, partes e peças apresentou recuo de 5,0% na passagem de outubro para novembro, depois de registrar expansão de 17,6% na leitura anterior.

"A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados ia terminar em outubro, mas foi prorrogada. Teve uma corrida em outubro para comprar automóvel antes do fim da redução do IPI. Teve a prorrogação, mas quem não comprou relaxou e deixou para dezembro. Acredito que em dezembro talvez a gente tenha desempenho das vendas próximo do de outubro."

A pesquisadora chamou a atenção para o comportamento errático das vendas de veículos, com alternância de resultados positivos e negativos, diante das previsões de fim da vigência da redução do IPI sucedidas por anúncios de prorrogação do benefício. "Os veículos têm tido um comportamento inconstante por causa dessas variações, por causa [do fim] das reduções e prorrogações [do benefício] de IPI", afirmou.

Pesquisa
Outro estudo, no caso o da Kantar Worldpanel, aponta que o terceiro trimestre de 2012 apresentou um crescimento tímido, o que confirma a tendência de 2012 de um ano marcado pela desaceleração do consumo. Contudo, os lares estão mais equipados, apontando força em móveis e eletros.

Fonte: DCI

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