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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Bermuda entra de vez no guarda-roupa corporativo

Além das elevadas temperaturas (e o risco de racionamento de água em algumas localidades), o verão de 2014 pode entrar para a história do mundo corporativo como a estação em que as bermudas estrearam de vez no ambiente de trabalho.

A TOTVS é um dos exemplos mais contundentes disso. Até o início do ano, os funcionários da empresa não tinham muitas opções além da calça e camisa social. Mas, no final de janeiro, o dress code mudou e as bermudas foram liberadas. A empresa não está sozinha na decisão. Até onde se tem notícia, nesta temporada, a prefeitura do Rio de Janeiro foi a primeira a liberar o traje mais coerente com as temperaturas de até 41º C registradas na cidade. O decreto, assinado em 18 de dezembro, deve vigorar até 31 de março próximo.

A proposta, no entanto, não é novidade. Em 2003, o então prefeito do Rio César Maia liberou o uso de bermudas para servidores municipais, motoristas de ônibus, táxis, vans e Kombis. Desde então, a medida tem sido reeditada anualmente e vale durante o verão.

A diretriz serviu de gancho para a ideia de um trio de publicitários cariocas. Com um site e página no Facebook, eles lançaram o movimento Bermuda Sim em 12 de janeiro que, além de apoio à causa, promete enviar e-mails para os chefes pedindo a liberação da peça no trabalho.

Potencializada pelos ponteiros dos termômetros que não pararam de bater recordes nas últimas semanas, a ideia se espalhou. Em quase um mês, 18 mil e-mails foram enviados, segundo Vitor Damasceno, um dos criadores, e, pelo menos, 500 empresas aceitaram o desafio - entre elas, escritórios de advocacia que anunciaram férias para a gravata e o paletó.
 
O primeiro chefe a aderir ao movimento foi o publicitário Washington Olivetto, chairman da WMcCann. Até então, a bermuda não era uma peça proibida no ambiente da agência. O próprio Olivetto admite que já foi para o trabalho vestindo a peça. Com o movimento, a liberação do traje foi apenas oficializada. E, de certa forma, disseminada. 
O contexto era outro na Ícaro Technologies. Quando os diretores da companhia receberam o e-mail do movimento, ninguém pensava na possibilidade de chegar no trabalho com as canelas de fora - mesmo com as temperaturas de mais de 36º C registradas em Campinas, onde a companhia fica.

A autorização foi anunciada pelas redes sociais. Segundo Juliana Gonçalves, gerente de RH da empresa, no dia seguinte, muitos funcionários já tinham aderido à ideia.
 
Fonte: Exame

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