Evento mostra diversos lados que convergem em uma ideia: é preciso criar relevância para o consumidor.
Sob o tema Desmistificando a Marca: criar, romper e transformar, o evento “Branding at ABA”, no Millenium Centro de Convenções discutiu a importância das marcas e sua evolução em diferentes painéis comandados por executivos de empresas como Twitter, Coca-Cola, Pirelli, Spotify, entre outras.
Patricia Weiss, Chairman, Founder BCMA South America, Strategic Consultant for Branded Content & Entertainment and Brand Narratives, no segundo painel, afirmou que hoje a relevância é essencial para as marcas porque a transparência na sociedade é quase agressiva, já que todos estão totalmente conectados. Com isso, as diferenças vêm à tona.
Ou seja, as marcas não podem deixar de assumir os temas que são frutos das tensões sociais, por exemplo.
Rodolfo Araújo, Diretor de Pesquisa e Branding da Edelman Significa, mostrou um estudo, chamado O Poder do Cidadão, em que se mostra claramente que a percepção de valor é uma soma. “A marca pode ter reputação, mas isso não é tudo. Ela não pode deixar de olhar para frente, já que o telhado deixou a ser de vidro – agora todas as paredes são de vidro”, disse Rodolfo.
Estar em contato permanente com o consumidor é o maior desafio para as empresas na era digital, segundo Hugh McGilligan, partner da MB Vermeer . As empresas precisam ter certeza de seu posicionamento e função diante do mercado e, além disso, querer realmente mudar para se manter no jogo. “Quando uma marca sabe o que faz, tudo entra no lugar. Para uma empresa sair do analógico e ir para o digital é preciso uma mudança maciça na organização. Ela tem que entender que o que a trouxe até aqui, não vai levar até o futuro. Tem que existir cultura de inovação, experimentação e novidade”, afirmou Hugh. É fundamental a aliança de funcionários experientes com os jovens que nasceram com a internet. A agilidade é fundamental nesses novos tempos. “É importante vocês serem rápidos. Lancem a ideia no mercado antes da perfeição total, um rascunho quase bom já serve. Depois aperfeiçoem”, concluiu.
Uma dessas formas de funcionar diante do mercado, é colocando-se na vida do consumidor. Daniela Bogoricin, Brand Strategist do Twitter, mostrou alguns cases que provam o quanto o comportamento da sociedade hoje está traduzido em tempo real. Um exemplo foi a campanha Real Beleza, da Dove, que teve uma evolução. “No Twitter, as pessoas tendem a falar mal de si mesmas, do próprio corpo. A Dove percebeu isso e estimulou os usuários a falar bem deles mesmos – e fizeram isso no intervalo do Oscar. Foi super bem recebido”, contou Daniela. O segundo palestrante foi Rodrigo Gameiro, Gerente de Conteúdo da Coca-Cola Brasil, que relembrou a Copa do Mundo, depois da derrota para a Alemanha. “Estávamos preparados para perder, ganhar. Mas ninguém estava preparado para aquela humilhação. E que história contar depois daquilo? A Coca-Cola foi para o ar depois de três dias (a Sadia foi antes) com a história de um senhor de 83 anos que viu o Brasil perder em 1950 e diz aos jovens que eles ainda irão ver o Brasil campeão”, contou Rodrigo. Os personagens já existiam e eram em um outro contexto – a agência adaptou depois do jogo contra a Alemanha. E o resultado foi realmente positivo.
Fonte: Consumidor Moderno
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