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terça-feira, 25 de agosto de 2015

Brasil não tem shoppings demais. Mas algumas cidades podem já estar saturadas

Ontem, no primeiro dia do 18o Fórum de Varejo da América Latina, evento que faz parte do LATAM Retail Show, a GS&BW coordenou um painel cujo objetivo era debater a seguinte pergunta: 'Afinal, tem shopping demais no Brasil?'

A apresentação principal do painel ficou sob a responsabilidade de Glauco Humai, presidente da ABRASCE (Associação Brasileira de Shopping Centers). Para provar que ainda há espaço para mais shoppings no País, Glauco trouxe um gráfico que mostrou que o Brasil possui uma relação de 5,6 metros quadrados de ABL (Área Bruta Locável) para cada 100 habitantes, número menor do que o de países como Indonésia (7,2 m2/100 habitantes), Colômbia (8,8 m2/100 habitantes) e México (15 m2/100 habitantes). Glauco disse ainda que apenas 3,5% dos 5.570 municípios brasileiros tem ao menos um shopping e que 36% das cidades do país com mais de 100 mil habitantes não possuem shopping centers.

Durante o debate, moderado por Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da GS&BW, Renato Rique, da Aliansce, Jaimes Almeida Junior, da Almeida Junior, Fauze Antum, do Pátria Investimentos, e Marcos Tadeu, da Riachuelo, concordaram que ainda cabem mais shoppings no Brasil. Renato e Jaimes, no entanto, alertaram para a saturação de alguns mercados, que apesar de já estarem bem atendidos, continuam recebendo novos empreendimentos, o que compromete inclusive o desempenho dos que se instalaram por lá antes. Fauze destacou também a força do interior, onde a Tenco, empresa com a qual o Pátria se associou, tem construído a maioria dos seus shoppings. E Marcos Tadeu explicou que o critério que a Riachuelo usa para escolher os lugares onde vai abrir novas lojas é o do potencial do mercado.

De tudo o que se falou no painel, dá para concluir que não há shoppings demais no País, apesar de haver shoppings demais em algumas cidades brasileiras. Por isso, no futuro, para fazer sucesso os empreendedores deverão procurar mercados ainda pouco explorados e apostar na diferenciação e na inovação. Essas tarefas não são simples, mas delas vai depender a velocidade de maturação e a própria viabilidade dos novos shopping centers nacionais.
 
Fonte: GS&MD

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