Eficiência: exemplos de quem aposta na ideia

Sérgio Carvalho, da 5àsec: empresa encontrou soluções para reduzir custos (Douglas Luccena/Grupo Padrão)

          

Embora eficiência não seja o forte do varejo, há redes com iniciativas para fazer mais com menos.
 

A Hortifruti, com 35 lojas em três estados, entendeu bem a necessidade de ser eficiente. A empresa criou uma diretoria de projetos corporativos para desenvolver ações que ajudem a aumentar a eficiência da empresa. “Neste ano, esse sistema ganhou força”, afirma Walquyria Majeveski, diretora de projetos da rede. Uma das frentes da iniciativa é a tentativa de reduzir custos mais imediatos, como energia elétrica, que cresceu 31% nos últimos meses. “Criamos um check-list de procedimentos diários que devem ser seguidos e cada loja tem uma meta de redução”, explica. Em três meses, a rede já viu uma redução de 5% no consumo e a ideia é que esse percentual aumente para 16% até o final do ano. 

 

Sergio Carvalho, da 5àsec: área de pesquisa para encontrar soluções que diminuam os custos da operação

 

Para driblar aumentos de custos, a rede de lavanderias 5àsec, que faturou R$ 174 milhões em 2014, mantém há dois anos um departamento de pesquisas que estuda como tornar a operação eficiente em todos os detalhes do processo, conforme explica Sergio Carvalho, diretor de marketing. “É uma área técnica responsável por fazer estudos dos produtos químicos e das máquinas que são usados”, diz. A área tem sido tão bem-sucedida que chega a exportar resultados das análises para a matriz na França, como o software house de atendimento, que faz todo o registro da entrada das peças. Com ele, as lojas europeias reduziram a metade o tempo do atendimento.

Por aqui, a rede estuda melhorias das operações a partir de 16 clusters de lojas. “Ao fazer essa distinção, consigo entender cada mercado e atuar de forma mais assertiva”, afirma. As pesquisas da área técnica resultaram em um novo equipamento que garante uma maior reserva de água e na implantação de programas de lavagem a seco. “Conseguimos reduzir o tempo que as peças ficam na máquina, aumentamos a quantidade e elevamos a eficiência dos produtos que utilizamos”, afirma Carvalho. O resultado foi um aumento de 15% no faturamento e uma redução de custos que chegou a 25%.

 

Fonte: Portal no Varejo