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quarta-feira, 14 de julho de 2021

RESERVA AUMENTA VENDAS EM 66% EM JUNHO


No digital, varejista teve crescimento de 400% e se mostra otimista para a retomada no pós-pandemia.


Por Cristian Favaro


A marca de moda masculina Reserva registrou crescimento de 66% nas vendas em junho, quando se comemora o dia dos namorados, em relação a igual mês de 2019. O dado foi divulgado por Rony Meisler, fundador da Reserva e presidente da AR&CO, divisão de vestuário e estilo de vida do grupo Arezzo.


“Quando a gente fala em venda digital, em junho, cresceu 400%”, disse o executivo, ontem, na Live do Valor. Meisler mostrou otimismo com o ritmo da vacinação no país. “Vejo, pelo que a ciência nos diz, que temos um cenário de proximidade do fim dessa maluquice [pandemia]”, afirmou.


Para 2022, as perspectivas são mais favoráveis, com sinalização de resultados melhores do que os deste ano. O executivo, entretanto, ponderou que suas previsões consideram o cenário de mercado de marcas como a Reserva, focadas em grupos A e B. “Outros segmentos de mercado que pegam mais classes C, D e E acho que vão sentir mais”, afirmou.

Meisler observou que a Reserva está aumentando esforços para preparar a sua primeira coleção feminina. Segundo ele, uma parte do time da marca está trabalhando há quatro meses nesse projeto. Mesmo assim, ele diz que o lançamento não deve acontecer neste ano.

“O que podemos adiantar é que estamos investindo pesadamente para ocupar esse mercado e o mercado de jeans wear brasileiro”, disse.


O executivo falou também sobre o cenário movimentado de fusões e aquisições no varejo de moda e sinalizou que há marcas no radar, mas não deu pistas.


Na sua visão, o Brasil tem um mercado fragmentado hoje e com bons empreendedores. Segundo o executivo, “certamente” vão sair negócios no mercado. Os que a AR&CO entrar, entretanto, serão movimentos feitos com responsabilidade e parcimônia, afirmou.


“No passado não muito longínquo, o mercado foi consolidado de maneira errada. E sofre essa consolidação até hoje”, disse, em referência a negócios que teriam focado apenas no lado financeiro, mas desconsiderando clientes e alinhamento entre as marcas.


Questionado sobre o perfil de aquisições que o grupo estaria disposto a fechar, defendeu complementariedade. “Elas não podem se canibalizar”, afirmou.


Em abril, o grupo Arezzo tentou comprar a Cia. Hering, mas esta acabou fechando a venda para o grupo Soma, dono das marcas Farm e Animale. Meses depois, em junho, a Arezzo anunciou a compra da BAW Clothing, marca que nasceu digital e é mais conhecida entre jovens da geração Z (nascidos de 1995 a 2010).


Meisler defendeu uma mudança de paradigma no setor de vestuário quando se fala em vendas on-line e off-line. “Se o negócio hoje é só on, ele vai ter de ter pegada off. Se é só off, vai ter de ser on também. Porque todas as marcas e negócios, em todos os segmentos varejistas, têm de olhar para a jornada do consumidor”, defendeu.


Atualmente, cerca de 50% das vendas da empresa passam pela internet, disse o executivo. “Eu acredito que entre 40% e 50% é o patamar que deve ficar”.

Fonte: Valor Econômico

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