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segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

VAREJO DE MODA DEVE CRESCER ACIMA DOS NÍVEIS PRÉ-PANDEMIA NO 4º TRIMESTRE

No sentido oposto, varejo alimentar deve registrar queda; recomendação do banco é de compra para as ações, menos para Via, de manutenção.


Por Flavya Pereira


O varejo no Brasil segue pressionado pela volatilidade influenciada por fatores macroeconômicos. Porém, há uma recuperação desigual do setor, avalia o BTG Pactual. A aposta é de que o varejo de moda mostre crescimento no quarto trimestre de 2021 em relação ao período pré-pandemia, enquanto o varejo alimentar tende a exibir queda.


Em relatório, os analistas Gabriel Disselli, Luiz Guanais e Victor Rogatis destacam que a receita da Arezzo deve crescer 67% na comparação com o quarto trimestre de 2020 e avançar 131% ante o mesmo período de 2019, pré-pandemia de covid-19, incluindo as fusões e aquisições.


Já os Grupos Soma e SBF (dono da Centauro) devem ter altas de 60% e 93%, respectivamente, em suas receitas líquidas ante o quarto trimestre de 2019, também incluindo as fusões e aquisições.


C&A, por sua vez, deve ter faturamento 9% acima do período pré-pandemia, enquanto as vendas da concorrente Renner devem encerrar o trimestre com alta de 23% ante 2019, embora tende a vir com mais pressão de margem do que nos segundo e terceiro trimestres de 2019.


Para o BTG, a surpresa negativa no trimestre vem do varejo alimentar, com Assaí Atacadão registrando quedas de 4% e 3%, respectivamente, nas vendas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) na base anual, refletindo a escolha dos consumidores por produtos mais baratos no período.


Indo para outros setores do varejo, a equipe do banco aposta em alta de 31% na receita líquida da Petz, no comparativo anual, enquanto a Raia Drogasil deve apresentar um crescimento com desempenho resiliente, com alta de 9% do SSS consolidado e vendas 18% acima do visto no último trimestre de 2020.


Em relação ao comércio eletrônico, eles veem o Magazine Luiza com vendas brutas totais (GMV, na sigla em inglês) on-line 19% acima do apurado entre outubro e dezembro do ano anterior, enquanto as vendas mesmas lojas devem cair 19%. Já o GMV total deve crescer 6% ante 2020.


O GMV on-line da Americanas deve subir 37%, e o SSS crescer 5% no último trimestre de 2021, dizem os analistas. Já a Via deve reportar um avanço de 14% nas vendas brutais totais no comércio eletrônico, mas com as vendas mesmas lojas em queda de 20% na base anual. A equipe do BTG espera também queda de 20% do GMV total.


O BTG Pactual tem recomendação de compra para todas as varejistas citadas, exceto para a Via, que é neutra.


Fonte: Valor Investe

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