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quinta-feira, 13 de outubro de 2022

EM 2022, E-COMMERCE BRASILEIRO TEM O MAIOR CRESCIMENTO DA AMÉRICA LATINA, MOSTRA ESTUDO


Entre os produtos mais consumidor pelos latino-americanos, eletrônicos puxam a lista do estudo. Aliás, o levantamento mostra que essa categoria é a mais lucrativa

Por Giuliano Gonçalves


A pesquisadora Retail X (Reino Unido) apresentou o Latin America 2022, levantamento baseado em dados do e-commerce nos países da América Latina. Para a felicidade do varejo digital brasileiro, o país foi analisado com o maior crescimento no ano — a receita das vendas cresceu US$ 8,1 bilhões em 2022 em relação ao ano anterior ano.


Além disso, o Brasil também apresenta alguns números que o destacam na liderança entre os países latinos, como:


  • US$ 49,2 bilhões em receita;
  • maior parcela de tráfego da web para varejistas da América Latina, com 84%.

O poder do e-commerce da América Latina no mundo

Conforme revela o estudo, o e-commerce na América Latina tem crescido a uma taxa vertiginosa, apresentando aos varejistas globais uma oportunidade de entrar no mercado. Os motivos, conforme apresentado, são:


  • crescente população jovem e experiente em tecnologia;
  • rápida expansão ao acesso da internet;
  • penetração de smartphones em toda a região.

Sobre o e-commerce brasileiro, a Retail X afirma que pouco mais de um terço (35%) das 100 maiores empresas que vendem no país são com sede nos EUA — 18% estão sediadas no próprio Brasil, enquanto 12% na China. Na América Latina, inclusive, o Mercado Livre é considerado o maior e-commerce da região.

Categorias de produtos mais vendas na América Latina

Entre os produtos mais consumidor pelos latino-americanos, eletrônicos puxam a lista do estudo. Aliás, o levantamento mostra que essa categoria é a mais lucrativa do comércio eletrônico por receita anual em cada um dos oito países latino-americanos. Vale lembrar que o tamanho das vendas em cada país varia drasticamente de US$ 20 bilhões no Brasil para US$ 495 milhões no Panamá, por exemplo.


As vendas de moda também são fortes, ocupando o segundo lugar no Brasil, México, Colômbia, Costa Rica e Panamá — na Argentina e no Chile a moda fica na terceira posição. As receitas de moda variam de US$ 8,9 bilhões no Brasil para US$ 310 milhões na Costa Rica.

Crescimento do m-commerce no Brasil

Conforme mostra a pesquisa, o Brasil tem a preferência mais forte por celular sobre o desktop para compras online em quase metade consumidores (48%). As vendas do m-commerce foram estimadas cerca de US$ 23 bilhões no Brasil em 2021 e, de acordo com previsões, deverão aumentar em 126% para atingir US$ 52 bilhões até 2025.


No Peru, apenas 19% dos consumidores preferem realizar suas compras por meio do m-commerce. Em 2021, por exemplo, as vendas nesse formato foram de apenas US$ 6 bilhões, embora se espere que dobrar para US$ 13 bilhões até 2025. Na Argentina este número é ainda menor, uma vez que apenas 16% preferem a compra via celular em relação ao desktop.

Perfil do e-consumidor brasileiro

De acordo com a Retail X, o Brasil já era o maior mercado da América Latina e, embora o crescimento do México também tenha sido impressionante, a evolução do país na pandemia o fez aprimorar ainda mais sua operações de comércio eletrônico.


No país, 84% da população são usuários de Internet. Porém, a penetração do e-commerce é menor, com pouco mais da metade (53%) comprando online — bem acima dos 38% em
2017.

Os compradores brasileiros de e-commerce tendem a ser mais jovens. Afinal, pouco menos da metade (49%) dos compradores brasileiros possuem menos de 35 anos. Apenas 9% têm 55 anos ou mais. Desses, o consumo médio é de US$ 397 (em 2019 era US$ 245), sendo os maiores gastos no setor de eletrônicos.



Média de idade de consumidores brasileiros do e-commerce avaliada em 2021.


Fonte: sbvc.com.br





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