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segunda-feira, 21 de novembro de 2022

SHOPPINGS PROJETAM ALTA DE 6% NAS VENDAS NA BLACK FRIDAY

Movimento pode ser limitado pela estreia do Brasil na Copa, no dia 24. Em anos anteriores, jogos da seleção na Copa levaram a uma queda considerável de tráfego e vendas.

Por Adriana Mattos e Ana Luiza Carvalho


A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) projeta uma alta nas vendas de 6% nesta Black Friday, em termos nominais (sem descontar a inflação), em relação ao ano passado, abaixo do ritmo de expansão esperado para o fluxo de consumidores. Para o indicador de tráfego de clientes, a estimativa é de um avanço de 13%.


Para os shoppings, a estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo no dia 24, quando começam a ser contabilizadas as vendas da Black Friday, pode limitar o consumo. Em anos anteriores, os jogos da seleção levavam a uma queda considerável de tráfego e vendas do comércio.


Os dados fazem parte de um levantamento realizado de 3 a 11 de novembro e projetam as expectativas dos shoppings para o intervalo entre 24 e 27 deste mês.

A base de comparação de 2021 é mais fraca que nos anos anteriores, como 2019, já que varejistas disseram, após a Black Friday de 2021, que o desempenho nos shoppings foi considerado morno.


Ainda segundo a pesquisa da Abrasce, o tíquete médio esperado nos shoppings é de R$ 229,30. Já os descontos devem variar entre 10% a 70%, com uma média de 41%.


A expectativa é de demanda maior por eletrônicos (78%), eletrodomésticos (67%) e vestuário (52%), produtos cujas vendas costumam crescer em períodos de Copa do Mundo. Apesar dessa sinalização de busca de bens duráveis, essa demanda segue impactada pela alta nos juros e aumento de preços recentes.


Diante do aumento contínuo na frequência de visitantes em 2022, a Abrasce estima que 112 mil trabalhadores temporários sejam contratados nos shoppings neste quarto trimestre, um incremento de 14% sobre o período anterior.


O presidente da Abrasce, Glauco Humai, vê as projeções de vendas e tráfego como positivas, demonstrando que o varejo nos shoppings está em recuperação. Segundo afirmou, em nota, há uma perspectiva “cada vez mais sólida de um crescimento contínuo no setor”.


A Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo (Fecomércio) de São Paulo também espera que crescimento de vendas na Black Friday deste ano, embora o avanço deva ser “mais tímido” que o registrado entre 2020 e 2021.


No ano passado, as vendas entre a última quinta-feira e o último domingo de novembro somaram R$ 5,7 bilhões, alta de 1,17% ante o mesmo intervalo de 2020.


A federação não consolidou projeções de vendas, mas aponta que a diluição de promoções durante o mês de novembro, como forma de evitar a disputa de atenção dos clientes com a estreia da seleção brasileira na Copa, também deve resultar em um menor crescimento proporcional nas vendas.


“Tudo relacionado ao contexto de Copa, como vestuário, camisetas relacionados aos jogos, além de alimentos, registram alta. O restante dos itens cresce, mas não como anos anteriores”, disse a assessora econômica da Fecomércio São Paulo, Kelly Carvalho.


Fonte: Valor Econômico

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