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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Como serão os shoppings do futuro

Os shoppings do futuro terão cada vez mais áreas para convivência e lazer, diversidade de lojas, além de áreas verdes. Esta será a fórmula de sucesso.

Diversidade de lojas, com mais opções de entretenimento, lazer, serviços, além de áreas verdes, será a fórmula de sucesso para os centros de compras

“Um enorme abalo sísmico.” Foi assim que a agência norte-americana de análises financeiras Morningstar Credit Ratings, em recente relatório, definiu as mudanças em curso na indústria de shopping centers. É uma forma dura de alertar investidores, gestores de shoppings e lojistas sobre as dificuldades que se apresentam – e, sobretudo, a necessidade de transformar os modelos de negócios. No mundo todo, centenas de lojas de departamentos fecharam as portas nos últimos anos. No Brasil, a concorrência do mercado on-line somada à crise financeira têm causado forte impacto no setor. É um desafio. Mas que, nem de longe, ameaça a perenidade e a força desses centros comerciais.
 
“O mundo mudou, o cliente mudou e os shoppings da forma como foram concebidos também terão de mudar”, diz Marcos Hirai, sócio da consultoria GS&BGH. “Temos à frente ótimas oportunidades. É o momento para repensar conceitos e transformar o papel dos shoppings, para que continuem sendo o que sempre foram: um catalisador de tendências, com papel ativo nos avanços da sociedade.”
Mais do que um centro de compras, o shopping do futuro, diz Hirai, precisa ser um polo de entretenimento e lazer – com muitos serviços, bons restaurantes e, claro, também lojas. Mas, além de produtos, as vitrines terão de expor cada vez mais possibilidades de experiência ao consumidor.
 
Nesse novo cenário, cai a necessidade de uma grande loja de varejo como âncora – com marca conhecida e capaz de atrair multidões – e ganha força o dinamismo. Quanto mais alinhado o shopping estiver às vontades do consumidor, melhor será seu resultado. Na prática, significa dar absoluta atenção aos espaços de convívio, à bela arquitetura, aos amplos espaços de lazer e, fundamentalmente, à prestação de serviços de qualidade – que deve servir tanto aos clientes como aos lojistas e demais usuários, incluindo todos os seus colaboradores. Em seu extremo, essas mudanças podem significar espaços comerciais compartilhados e itinerantes e menos vagas de estacionamento – tudo ancorado em conceitos de sustentabilidade e novas tecnologias. “O shopping do futuro é, sem dúvida, mais sustentável, mais conectado e, sobretudo, muito agradável ao público”, diz Hirai. “Já podemos oferecer tudo isso, com soluções e tecnologia do presente.”
 
Essas mudanças já estão em curso no mundo e começam agora a ganhar impulso no Brasil. Um exemplo é o RioMar Recife, do grupo JCPM, primeiro empreendimento do setor de shoppings a receber as certificações AQUA (Alta Qualidade Ambiental) da Fundação Vanzolini, uma das mais importantes chancelas de sustentabilidade para a construção civil. Entre seus atributos de responsabilidade ambiental, além de implantação de extensa área verde, está monitoramento e renovação do ar, iluminação natural, reciclagem e compostagem de 70% dos resíduos e economia de 50% no uso da água.
 
Outro é a loja do futuro que sairá do imaginário dos varejistas para ganhar vida no Shopping Villa Lobos, em breve. A iniciativa do Grupo GS&Gouvêa de Souza, ganhará vida graças a parcerias estratégicas que permitiram a integração entre os mundos físico e digital e será a plataforma-laboratório para aplicação de conceitos e soluções inovadoras para o varejo.
 
Para debater estas e outras tendências, a Expo Retail Real Estate, maior feira de shoppings centers e pontos comerciais da América Latina, chega a sua quarta edição com diversas novidades. Realizado pela GS&BGH, o evento acontecerá de 29 a 31 de agosto, no Expo Center Norte, em São Paulo.
 
Fonte: Exame

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