Todo mundo está falando sobre os impactos da pandemia — e por aqui não foi diferente. Desde março, unimos esforços no Think with Google para entender melhor o presente e as transformações que estão por vir. Nesse processo, uma das perguntas mais emblemáticas para marcas e empresas que surgiu neste momento é: será que essas mudanças deixarão um legado em um mundo pós-COVID?
Algumas tendências que estavam previstas para acontecer daqui a alguns anos já são realidade. Um exemplo é a digitalização dos hábitos de consumo, que deixou de ser uma prática restrita a um grupo pequeno de e-shoppers brasileiros: hoje, 51% das pessoas que aderiram ao e-commerce de alimentos na pandemia afirmam que pretendem continuar com o hábito mesmo depois da quarentena.
Listas e carrinho de compras compartilhados
Se estamos todos juntos em casa, por que não dividir a mesma lista de compras ou encher o mesmo carrinho? Com mais de 60% dos brasileiros passando mais tempo em família, as decisões de compra estão cada vez mais compartilhadas.
Entre os itens mais buscados pelos consumidores, os campeões são os produtos de higiene pessoal, os de limpeza e os alimentos perecíveis e não perecíveis.
Posse dos bens de consumo vs. acesso aos bens de consumo
A crise também lançou luz sobre as compras impulsivas. Em casa, temos uma melhor noção das coisas que compramos e que não usamos. Essa maior visibilidade relacionada aos possíveis sinais de desperdício reforça a diferença entre os consumidores que valorizam a posse de bens de consumo versus aqueles que estão satisfeitos com o acesso a eles.
E se olharmos um pouco além das experiências que podem ser oferecidas para diferentes pessoas, notamos que há um importante comportamento em comum: grande parte do público se viu obrigado a incorporar novos hábitos de compras na quarentena. Nessa lógica, a visita à loja física não foi deixada de lado. Muitas vezes, ela é complementar às compras online e vice-versa.
Outro dado interessante é que 40% dos consumidores começaram a comprar mais em comércios locais desde o início do isolamento social. Combinados às novas formas de consumir, esses números são um bom indicativo para pequenos negócios que querem consolidar sua presença digital.
Mudanças na logística
Com a crescente busca por compras mais abastecedoras, outra área que também está passando por uma renovação é a de logística relacionada às demandas domésticas. Ao longo dos últimos meses, acompanhamos 3 importantes transformações:
Já falamos sobre o aumento de pedidos via delivery como um indicativo de que a conveniência da entrega na porta de casa deve ser mais considerada após a pandemia. Não à toa, 37% dos brasileiros conectados estão usando o delivery com mais frequência. Outro fator determinante para os consumidores é a segurança: 27% das pessoas reduziram as idas aos supermercados.
Seja entre os e-shoppers assíduos, seja para os recém-iniciados no ambiente digital, o fato é que cada vez mais os consumidores incorporam a percepção de que comprar online é mais seguro. E os reflexos desse comportamento já podem ser vistos: esse movimento não só gerou um aumento na base dos usuários, como também um crescimento na frequência de compras entre aqueles que já eram adeptos do serviço antes da pandemia.
O que, afinal, deve ficar?
Por mais que essa pergunta não tenha uma resposta 100% objetiva, os dados e tendências podem ajudar as marcas e empresas a olharem o momento atual com mais clareza, além de servir de material de apoio para compreendermos melhor as demandas e necessidades das pessoas. E embora ainda não seja possível dimensionar o que será permanente, as mudanças já estão acontecendo e apontam alguns caminhos possíveis para a vida no pós-pandemia.
Fonte: think with Google
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