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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Consumo das famílias é mais importante que o PIB

         
O consumo das famílias é mais importante que o PIB
Economista-chefe do banco aponta que consumo em alta é melhor termômetro da economia.
O produto interno bruto brasileiro cresceu apenas 2,7% em 2011. Nos últimos 17 anos – período que vai do começo do mandato de FHC até o primeiro ano de governo da presidente Dilma –, a média de crescimento foi de 3,6% ao ano, também considerado baixo pelos críticos. Mas Octávio de Barros, economista-chefe do Bradesco, quer mesmo é saber do consumo das famílias.
“O consumo das famílias é o PIB do povo”, disse ele na última quinta-feira (29/03), durante o evento promovido pela Associação de Lojistas de Shopping (Alshop). “É para isso que o investidor estrangeiro olha quando mira o Brasil”.
As famílias gastaram 4,1% a mais em 2011 e, durante a era Lula (2003 a 2010), as despesas aumentavam 4,5% ao ano, em média. Em 2009, com o PIB estagnado, o consumo também aumentou 4,5%. “Em 2012, teremos alta de 5 a 6%”, prevê Barros, cuja projeção de alta do PIB para o ano é mais modesta, em torno de 3,7%. Apenas o comércio deve crescer 8,5% este ano, contando a venda de carros e materiais de construção.
Barros alerta que não há desindustrialização no Brasil ou que há segmentos do varejo vendendo menos. “A gente tem que aceitar que há uma mudança no mix de consumo das famílias”, ressalta. Se antes os brasileiros comprometiam a renda com automóveis, hoje esse dinheiro é usado para pagar imóveis – cujo crédito concedido ultrapassou o de veículos em 2011, pela primeira vez na história.
Novo eixo de crescimento

Se entre FHC e Lula, o crescimento econômico brasileiro foi baseado no crédito farto, distribuição de renda por políticas sociais, valorização do câmbio e alta arrecadação de impostos, agora o País deve mudar de patamar, segundo Barros.
A partir do governo Dilma, o Brasil deve focar em outro eixo de crescimento, baseado em maior competitividade, menos gastos de custeio, foco em investimentos, menos juros e melhores condições de financiamento e reformas estruturais. “Vejo que o governo Dilma tem mais pressa [em fazer as coisas acontecerem]”, observa.
Barros afirma que a inclusão de novos consumidores está chegando ao fim. “50 milhões de pessoas foram incluídas no mercado de consumo”, aponta. “Só mais 10 milhões serão incluídos”.
Fonte: Portal no Varejo

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