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domingo, 1 de abril de 2012

O excesso de crédito na praça nem sempre é a melhor saída

O excesso de crédito na praça nem sempre é a melhor saída
 
Com tanta oferta de crédito na praça será que ainda corremos o risco de passar por um colapso financeiro? E as classes emergentes, qual a influência delas nessa história? Estas serão algumas das respostas que os visitantes do CCMCC (Congresso Consumidor Moderno de Crédito, Cobrança e Meios de Pagamento) vão poder saber durante a palestra sobre "a oferta de crédito e o boom do mercado interno – uma realidade com prazo de validade?", que acontecerá no dia 9 de maio.
Não é de hoje que alguns especialistas da área se perguntam onde vai parar todo esse crédito disponível na praça. Afinal, o mesmo consumidor que chega a comprometer 30% de sua renda familiar no financiamento de um imóvel, por exemplo, também é a pessoa que pulveriza o restante de seu salário em crediários feitos em lojas, supermercados e demais estabelecimentos pelos quais costuma passar. No final do mês este consumidor acaba ficando no vermelho e tendo que pagar juros mais altos no seu cheque especial ou cartão de crédito.
“O crédito facilmente acessível é uma novidade no Brasil, e a população está aprendendo a lidar com suas vantagens e responsabilidades. Neste ambiente, as classes emergentes são as mais vulneráveis, já que não estão acostumadas a lidar com o crédito e acabam comprometendo mais do que sua renda pode atender”, explica Guilherme Puppi, chief risk officer da Cyrela Brasil Realty, incorporadora do mercado imobiliário.
De acordo com ele, ainda que os bancos sejam mais rigorosos quando o assunto é concessão de crédito, empresas de outros segmentos também financiam seus clientes, contribuindo para o endividamento excessivo. “Cabe às empresas credoras educar os seus consumidores para o uso do crédito de forma saudável e sustentável. Fazemos isso na Cyrela quando procuramos entender o fluxo de caixa do cliente para adequar a melhor forma de financiamento”, explica Puppi.
Para ele, as classes mais carentes possuem uma elasticidade de renda menor quando comparadas às classes A e B. “O cliente de baixa renda tem menor capacidade de absorver despesas imprevistas. Um gasto inesperado de hospital, remédios ou material escolar pode consumir todo o seu orçamento familiar rapidamente, levando o consumidor a inadimplir com os financiamentos contratados.” completa o executivo.
Para evitar esse tipo de situação, Puppi recomenda aos futuros credores maiores cuidados na concessão de crédito, avaliando com critério o que se pretende gastar, além de uma melhor educação financeira para administrar seus orçamentos mensais. 

E o futuro da economia, o que nos reserva?
Ainda na opinião dele, não corremos o risco de um colapso na economia a curto prazo, por conta da reduzida taxa de desemprego e do aumento real na renda do consumidor.
 
Serviço:Palestra: A oferta de crédito e o boom do mercado interno – uma realidade com prazo de validade?
Local: Fecomercio SP - R. Doutor Plínio Barreto, 285 - Bela Vista
Data: 9 de maio


Fonte: Mundo do Marketing

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