86S3kuextR2S3YWJ_kx2UbklxpY

sábado, 14 de julho de 2012

Magazine Luiza avança sobre a Lojas Rabelo


As recorrentes declarações de Luiza Helena Trajano de que 2012 não será um ano de aquisições no Magazine Luiza não passam de despiste.

Que o diga a família Rabelo, sobrenome tradicional do varejo nordestino. Dia sim e o outro também, o clã vem sendo assediado pela empresária. Luiza Helena já teria apresentado uma proposta para a compra da Lojas Rabelo, rede cearense com quase 80 pontos de venda e faturamento anual de R$ 800 milhões. Trata-se da segunda investida do Magazine Luiza sobre a empresa cearense. A primeira ocorreu há cerca de dois anos, mas os Rabelo se esquivaram.

Naquele momento, sua prioridade era pedalar o crescimento da rede varejista.

Desta vez, no entanto, a situação parece mais favorável ao assédio do Magazine Luiza. Uma das razões é o novo modelo apresentado por Luiza Helena. Em vez da venda integral do controle, os Rabelo continuariam na operação como uma fatia minoritária.

No entanto, o fato que pode acelerar as negociações vai além de questões societárias ou empresariais. Recentemente, os controladores da Lojas Rabelo passaram por grande drama familiar. O episódio estimulou o clã, especialmente os integrantes mais novos, a pensar em adotar uma postura low profile e sair da linha de frente da rede varejista, mantendo apenas um pé no negócio. Procurado, o Magazine Luiza negou a negociação. Já a Lojas Rabelo informou "não ter conhecimento sobre o assunto".

Luiza Helena tem pressa em fechar o negócio, até porque sabe que outros predadores graúdos estão de olho nesta presa do varejo nordestino. A Máquina de Vendas, por exemplo, teria sondado a empresa cearense recentemente. Os resultados da Rabelo explicam o apetite dos grandes do setor.

Nos últimos cinco anos, o faturamento da Rabelo cresceu, em média, 30%. Este desempenho permitiu à família acelerar a expansão da rede. Ainda neste ano, a empresa deve chegar à marca de 100 lojas e fincar sua bandeira em todos os estados do Nordeste, com a abertura dos primeiros estabelecimentos em Alagoas e Sergipe. Hoje, 60% dos seus pontos de venda estão concentrados no Ceará.

Fonte: Relatório Reservado

Nenhum comentário:

Postar um comentário