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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Mercado de cervejas premium vive boom no Brasil e atrai empreendedores

 

O Brasil é o terceiro maior mercado mundial de cervejas, mas ainda engatinha no setor premium. Não à toa, empresários já projetam um crescimento de 13 vezes para este nicho na próxima década. Atualmente, as cervejas especiais equivalem a apenas 7% do consumo da bebida no Brasil. "O problema é que, nessa porcentagem, estão incluídas marcas que não podem ser enquadradas no patamar da cerveja super premium", pondera Maurício Nogueira, sócio da importadora e fabricante On Trade. "Desses 7%, eu diria que só 2% são de fato direcionados às especiais."

Em média, os brasileiros consomem 140 milhões de hectolitros de cerveja por ano. "Perdemos para a Alemanha em variedade, mas não em consumo", diz Arnaldo Borges, coordenador de marketing do curso de administração da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). A China e os Estados Unidos lideram o ranking, respectivamente.

Com tanto potencial, o mercado das especiais tem chamado a atenção de empreendedores. Entre eles, está Pablo Castro, que se uniu a um sócio para prestar serviços apenas às pequenas empresas do setor. "Nós não importamos nem temos a nossa própria cerveja, mas cuidamos do depósito, logística e distribuição para que o pequeno empresário só se preocupe em importar."

Batizada de Award, a empresa existe há pouco mais de um ano. No início, trabalhava com 42 rótulos de cerveja, e agora já presta serviço para 220. "Para nós, o mercado cresceu 25% nesses últimos meses", afirma Castro.

Desde 2010, o setor tem dobrado o crescimento ante o ano anterior, segundo cálculos de André Cancegliero, especialista em cervejas super premium. Em um ambiente como esse, tanto as marcas nacionais quanto as importadas são beneficiadas. Em 2011, só os rótulos vindos de fora cresceram 101% em relação ao ano anterior, de acordo com dados do Ministério de Desenvolvimento.

Cancegliero também é coordenador da feira Beer Experience, que teve sua segunda edição no último final de semana e acompanha o boom do setor. "No ano passado, tínhamos 19 stands. Agora passamos para 42. A ideia é sempre dobrar o tamanho da feira", diz.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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