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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Cyrela investe para figurar entre as líderes de shoppings

 

Com a perspectiva de nos próximos três anos ter as operações de shopping centers em destaque perante seus outros dois ramos de atuação - prédios comerciais de alto padrão e centros logísticos -, a Cyrela Commercial Properties (CCP) quer figurar entre os principais players do segmento de centros de compras no Brasil.
 
Para concorrer com nomes como BrMalls, Multiplan e Sonae Sierra Brasil, entre outras, a CCP já investe mais de R$ 500 milhões em dois novos empreendimentos: o Shopping Cidade São Paulo, que está sendo construído na Avenida Paulista e tem previsão de ser entregue ao final deste ano, que consumirá R$ 311 milhões. Outra aposta da empresa é o Shopping Cerrado, sendo erguido em Goiânia (GO), com investimento de R$ 236 milhões e previsão de entrega para 2015.
 
Hoje, só no segmento de centros de compras, a empresa conta com seis empreendimentos prontos, incluindo o Metropolitano e o Tietê Plaza Shopping, que foram entregues no final do ano passado. Com os dois novos empreendimentos tanto na capital paulista, como na capital goiana, a CCP quase dobrará a sua Área Bruta Locável (ABL), que até novembro do ano passado era de 74,35 mil metros quadrados. Somados, os novos projetos agregarão em ABL 69 mil m².
 
Ao DCI, o diretor da CCP, Francisco Pereira, afirmou que a empresa tem se estruturado para ter entre 2014 e 2015 resultados melhores do que os obtidos no ano passado. "Estamos empenhados em melhorar a operação, em especial de shoppings, para evitar erros", disse. O executivo referiu-se ao atraso na entrega do Tiête Plaza Shopping, que foi inaugurado no dia 18 de dezembro, bem depois da previsão inicial. "O impasse que tivemos foi com relação às exigências da Prefeitura de São Paulo, que não liberou o Habite-se, autorização definitiva de funcionamento, a tempo [da abertura]", explicou.
 
Com os imprevistos, a inauguração - que estava prevista para o final de novembro, acabou ocorrendo apenas seis dias antes do Natal, a melhor data para os empresários do setor. A operação tem dois pisos, que totalizam 230 lojas, sendo oito lojas-âncoras e oito megalojas. No terceiro piso localiza-se praça de alimentação, com seis restaurantes e 20 operações de fast-food, além de sete salas de cinema, sendo uma delas em Extreme Digital (XD).
Ainda segundo o diretor da CCP, existe um esforço interno para que novos atrasos não ocorram nos empreendimentos que ainda serão entregues. "Vamos trabalhar com mais cautela para que isso não ocorra com os outros empreendimentos previstos", comentou ele.
 
Outros mercados
Além de investir no ramo de shopping centers, os prédios comerciais de alto padrão e os centros logísticos, que são locados a empresas de varejo, por exemplo, também são alvos da companhia. A perspectiva é de que essas áreas possam render bons frutos para a CCP nos próximos anos, ressaltou o executivo da empresa. A perspectiva da CCP é que em todos os seus ramos de atuação haja impulso e incremento nos negócios. Além disso, a previsão é de que seja possível alcançar um crescimento em sua receita em locação de 20%, até 2018.
 
Hoje, a operação mais rentável da CCP ainda está direcionada aos prédios comerciais, com 57,7% de participação no resultado da companhia. Atualmente, a empresa administra 14 edifícios corporativos, sendo os mesmos divididos em regiões em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Há dois projetos que ainda estão em construção - o Thera Corporate, que está na região da Berrini e o Miss Silvia, que está sendo construído na Faria Lima, ambos na zona sul da capital paulista. Os espaços deverão agregar ao portfólio da Cyrela 23 mil metros quadrados de locação e devem ainda, ajudar a empresa a atingir o incremento de 20% em sua receita de locação nos próximos quatro anos. Outro nicho que trará bons resultados em breve é o de locação de centros de distribuição por meio da Prologis CCP, tendo hoje quatro unidades em operação e a perspectiva de mais oito espaços, que somarão mais 347,5 m² em área de locação.
 
A companhia, que foi criada efetivamente em 2007, após a Cyrela desmembrar a sua operação, registrou lucro líquido de R$ 40,7 milhões no terceiro trimestre de 2013, uma variação positiva de 6,8% em relação ao segundo trimestre do ano passado, e um aumento de 73% na comparação ao terceiro trimestre de 2012.
 
Já a receita líquida atingiu R$ 4,5 milhões no período, uma variação de 27,2% em relação ao trimestre anterior e aumento de 87,5% em relação ao terceiro trimestre de 2012. A CCP é uma administradora que surgiu com a joint venture formada entre a GIC Real Estate, braço imobiliário do Government of Singapore Investiment Corporation, e a CPPIB, subsidiária do fundo de pensão canadense Canada Pension Plan Investment Board.
 
Fonte: DCI

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