86S3kuextR2S3YWJ_kx2UbklxpY

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Mercado plus size é oportunidade de negócios

Apesar da fama de “roupa para gordos”, mercado plus size atende pessoas muito altas, com coxas grossas, pés grandes e toda a sorte de tamanhos fora do padrão. A expectativa que o setor cresça 10% ao ano
Segundo o Ministério da Saúde, 48,1% dos brasileiros estão acima do peso. Por isso, os estereótipos que vemos pelas passarelas e campanhas publicitárias estão cada vez mais distantes da realidade dos brasileiros.
Por isso, para suprir essa necessidade as marcas estão investindo em coleções chamadas de “Plus Size”. Essa denominação se dá para os tamanhos de vestuários acima do número 44. Segundo a Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), o setor de moda plus size movimenta, anualmente, cerca de R$ 4,5 bilhões no país.

A 2 Rios Moda íntima viu uma oportunidade para expandir os negócios fabricando lingeries para esse público, que é evidentemente, crescente. Em 2008 surgiu a primeira peça básica e depois no ano seguinte a marca já tinha uma coleção plus size. “Não criamos restrição do modelo desenvolvido desde os tamanhos P aos G e usamos as tendências para dar opções à todas as mulheres”, afirma o vice presidente da marca Matheus Fagundes.

Grandes redes de fast fashion também já perceberam que o nicho é valoroso. A C&A já possui uma linha chamada “Special for you”. A Marisa também possui uma linha chamada “Especial para Você” (apesar da boa vontade, falta criatividade às redes), bem como Riachuelo, Renner e Pernambucanas com suas coleções Plus Size.

Apesar disso e mesmo com coleções especiais, na prática ainda é difícil encontrar roupas maiores que o tamanho 44 nas araras, seja dos grandes varejistas, nas lojinhas de bairro ou boutiques, muito embora corresponda a Segmento plus size é responsável por 5% do vestuário nacional.

Vale lembrar que não são apenas pessoas acima do peso que se enquadram no segmento de plus size, pessoas mais altas, com bustos maiores ou pernas mais grossas enfrentam dificuldades para encontrar boas peças em lojas convencionais, portanto, é preciso olhar para esse mercado com um pouco mais de atenção.

A população brasileira está ficando mais alta. A geração atual é maior do que a dos pais e avós. E um dos motivos é a melhora na qualidade de vida. Infelizmente, também está ficando mais obesa, mas essa pode ser a chance que a indústria têxtil, de calçados e os varejistas têm para faturar mais e abrir novas frentes de negócios.
A empresária Karina Williams viu a dificuldade como oportunidade e criou a grife Anna Joana. "Criei a marca porque eu sou plus size e tinha dificuldade de achar roupas legais e confortáveis sem cara de vovó. Eu quis que toda mulher, independente de seu tamanho, pudesse escolher o que vestir, tivesse opções e não continuasse a se contentar com a pouca variedade que o mercado oferecia".
Ela comenta que apesar de tudo, hoje o mercado já está mais variado, mas ainda peca na qualidade e no estilo das roupas. "Por isso quis garantir que a Anna Joana seja sempre sinônimo de roupa bonita, de qualidade e acima de tudo confortável. Além de tudo isso, que seja acessível, pois me preocupa a questão do valor cobrado pelas roupas plus size", finaliza.
 
Fonte: Portal no Varejo

Nenhum comentário:

Postar um comentário