Renda liquida, tráfego de clientes e tíquete médio são usados para mensurar viabilidade dos negócios.
Apesar de ser um assunto em voga, a taxa de vacância não é preocupante nos shoppings do País. A vacância média de 4% é menor que dez anos atrás, quando passava dos 6%. “E nessa época o setor continuou apresentando números de crescimento”, explicou o economista da General Shopping, André Diz, que palestrou sobre custos de locação, vacância e novos empreendimentos durante o BR Week, maior evento de varejo da América Latina, realizado em São Paulo nos últimos dias 28, 29 e 30 de julho.
O importante para o setor, segundo Diz, é se a taxa de crescimento das vendas é maior que a taxa de aumento de aluguel, fato que reduz o preço proporcional do aluguel e atrai novas lojas. E isso vem acontecendo. Mesmo assim, a vacância em novos empreendimentos (50%) ainda assusta. Para lutar contra isso, de acordo com os economistas, os shoppings devem investir em mix de lojas e medidas que atraiam os clientes.
Os números apresentados por André Diz sobre hábitos de consumo indicam que o setor permanece estável. “Mais de 60% das pessoas vão ao shopping semanalmente, 40% vão ao shopping para comprar e as classes A e B representam 70% do público de shopping”, fala.
No entanto, esses números se referem a quatro regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, onde a frequência em shoppings já está enraizada. Não representa, necessariamente, os hábitos de consumo do brasileiro. Por isso, o economista orienta aos shoppings investirem em informação. Os shoppings que quiserem crescer de forma segura no segmento devem promover pelo menos uma vez por ano pesquisas sobre o comportamento dos clientes.
“Isso para saber o que acontece em cidades menores. Abrir um shopping em uma cidade de 300 mil habitantes longe das capitais talvez gere novidade e movimento nos primeiros anos, mas não é certo que o habito se consolide”, alerta.
São métricas básicas usadas por pesquisas do setor a venda por metro quadrado, aluguel por metro quadrado e fluxo de estacionamento. Mas isso não basta. Se houver cooperação entre lojistas e players, indicadores importantes como renda liquida de loja, tráfego de consumidores, transações de venda, taxa de retorno e de conversão e tíquete médio de transação e de cliente podem ser utilizados para mensurar a viabilidade dos negócios e apurar quais atitudes podem ser adotadas para melhorar o fluxo de clientes.
Fonte: Portal no Varejo
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