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quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Mini-bairros podem adicionar quase R$ 2 bilhões à receita da Aliansce

Companhia tem 2,3 milhões de m² para projetos imobiliários e VGV atual é referente apenas a 300 mil m².

Enquanto aguarda as aprovações regulatórias para fusão com a BR Malls, a Aliansce Sonae está acelerando outros projetos. Dona de áreas extensas no entorno de alguns de seus 27 shoppings, a companhia definiu um planejamento estratégico para os 4,4 milhões metros quadrados de terrenos próprios que tem em carteira.

Segregando a área de expansão futura dos shoppings, a Aliansce definiu que 2,3 milhões de m² serão usados em projetos imobiliários multiuso - edifícios corporativos, residenciais, hotéis, hospitais e escolas.

A companhia já está implementando seis dos chamados mini-bairros, que somam 35 torres e devem estar concluídos em quatro anos. Com VGV de R$ 1,8 bilhão, esses projetos iniciais não chegam a 300 mil m² - então são mais de 2 milhões de m² ainda por planejar.

Terreno em torno do Park Shopping Maceió, da Aliansce: receita 
imobiliária e maior fluxo de consumidores - Foto: divulgação 

Como em muitos dos terrenos a companhia teve que fazer as instalações de água, esgoto, energia, é a partir dessas instalações que a empresa viabiliza o entorno. "Em Maceió, fechamos um terreno com a Unimed para construção de um hospital e, por inclível que pareça, era um dos poucos terrenos da cidade com água e esgoto¹, diz Mário Oliveira, o português da cidade do Porto que é diretor de novos negócios e M&A da Aliansce Sonae.

"A visão do masterplan é sustentável, é ser um mini-bairro onde se pode fazer de tudo usando o carro o mínimo possível. Dá para ir de bicicleta ou a pé de casa ou do hotel para o trabalho, para o shopping, para a aula", emenda.

Oito projetos estão em construção, incluindo o hospital e seis torres residenciais em Maceió, além de um hotel em Uberlândia. Além do lançamento de três torres residenciais em Goiânia, está em aprovação na prefeitura o projeto de 14 edifícios no Via Parque Shopping, na Barra da Tijuca, no Rio de janeiro.

No caso da Unimed, a Aliansce vendeu o terreno à empresa dos médicos, mas nos edifícios tem trabalhado com permuta com incorporadores, em que estabelece um pagamento mínimo e tem um upside conforme o preço total de vendas efetivado.

"Ganhamos na parte financeira já que o desenvolvimento imobiliário é num terreno que hoje não é usado e portanto não gera qualquer remuneração para a companhia e ganhamos também público na nossa área primária do shopping", diz Oliveira.

Em Salvador, por exemplo, com 2,6 mil unidades residenciais e uma estimativa de 2,5 mil pessoas nos edifícios corporativos, a estimativa é de um impacto mensal de 60 mil pessoas no shopping da rede, dada a recorrência desse cliente - para compras ou para um café.

"Hoje o mercado financeiro atribui zero valor a isso na nossa ação, uma contribuição financeira que vai aparecer com o tempo no balanço", diz o executivo. A Aliansce vale em bolsa R$ 5,55 bilhões atualmente - a BR Malls, com quem vai se fundir, vale R$ 8.18 bilhões. 

Fonte: pipelinevalor.globo.com/



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