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quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Pequenos players do varejo também podem se beneficiar da neurociência

Não há mais lugar para achismos: estímulos sensoriais, capacidade de observar e de experimentar são caminhos para criar conexões com o consumidor.

Rio Innovation Week teve um armazém exclusivo para discutir temas relacionados à inovação no varejo. Um dos assuntos que ganhou destaque no palco principal  foi o neuromarketing.

A união entre a neurociência e os conceitos do marketing tradicional na busca por criar conexões autênticas com os consumidores foi tema do painel comandado por Josielly Guimarães, CEO da JLG Marketing Estratégico, franqueada Mark-se, mestre em Neuromarketing pela Florida Christian University e diretora do Sindlojas de Ponta Grossa, no Paraná.

Josielly reforçou que com todas as tecnologias disponíveis no ecossistema da neurociência atualmente não há mais lugar para “achismos” no varejo. Segundo ela, pesquisas subjetivas nunca foram eficazes porque não existem comportamentos humanos dissociados de aspectos anatômicos, fisiológicos e químicos.

Hoje, equipamentos como eye tracker, que monitoram o direcionamento do olhar do consumidor; de condutância de pele, que medem a sudorese e outras reações; equipamentos de eletrocardiografia, que monitoram os batimentos cardíacos; o face reader, que analisa as reações faciais; além de outros exames laboratoriais são capazes de guiar as empresas do varejo para as melhores estratégias, com base no conhecimento das emoções e reações do cliente.

Segundo Josielly, já se sabe que 85% das decisões de compra dos consumidores ocorrem de forma automática. Isso acontece porque elas acontecem no chamado sistema 1 do nosso cérebro, responsável pelos nossos impulsos. Essas escolhas acontecem em pouco mais de dois segundos e são muito guiadas por estímulos sensoriais, ou seja, dos nossos cinco sentidos.

“A Geração Z está movimentando o ecossistema e transformando o objeto de compra, as marcas precisam focar em criar conexões, em se diferenciar. Não adianta fazer o mesmo esperando resultados diferentes. Temos que gerar conectividade e propósito”, explicou a palestrante.

Os pequenos também podem se beneficiar

Mesmo não sendo um grande player do varejo e não tendo recursos para investir em neuromarketingJosielly enfatiza que todos podem se beneficiar dos recursos da neurociência e informações geradas por ela. “Atualmente muitos cases já estão sendo divulgados na internet e podem ser usados como brainstorm para ajudar a sua marca a aperfeiçoar as estratégias de conversão”, afirmou a especialista.

Josielly lembra ainda que existem ações simples que podem auxiliar os empreendedores na hora de criar conexões com os clientes. Pensando nos estímulos sensoriais, ações simples como oferecer um chocolate, ou uma bebida para o cliente quando ele está na sua loja; usar óleos essenciais e difusores de aromas com ingredientes que estimulam emoções; ou colocar uma música relaxante ou estimulante, dependendo da conversão pretendida, são alguns dos caminhos possíveis.

“A gente tem que pensar em três pontos: captação de atenção, engajamento emocional e construção de memória. A neurociência aplicada nada mais é do que entender que somos química, estimular os sentidos e aprender com a observação e experimentação”, analisou Josielly.

A mestre em neuromarketing ainda apresentou outras duas dicas valiosas durante o painel. A primeira é em relação ao humor: o humor é um impulsionador de compra, então vender com entusiasmo e emoção faz toda a diferença.

“O e-commerce tradicional já está em xeque. A geração Z acha os sites tradicionais chatos, querem comprar pelas redes sociais , live commerce, algo que proporcione entretenimento”, lembrou Josielly.

A segunda dica é que “o nosso cérebro gosta de facilidade, dificuldades são associadas ao medo”. O que isso significa? Segundo Josielly o acesso à loja, aos produtos, às informações deve ser simples, o mais direto possível.

Rio Innovation Week

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Rio Innovation Week 2022, considerado um dos maiores eventos de Inovação e Tecnologia da América Latina, aconteceu no Píer Mauá, na região portuária do Rio de Janeiro, entre os dias 08 e 11 de novembro. Com mais de 700 palestrantes e cerca de 200 empresas expositoras, a ideia do evento foi debater o futuro de diversos segmentos do mercado e da sociedade, incluindo o varejo, o entretenimento, a indústria audiovisual, a educação, o esporte e a saúde, por exemplo.

Fonte: Consumidor Moderno

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