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terça-feira, 14 de março de 2023

Grupo Soma: nenhum ativo no Brasil interessa no momento

A companhia tem o objetivo de atuar como uma “plataforma aceleradora” das marcas adquiridas não se guiando apenas por múltiplos de crescimento.


Por Ana Luiza de Carvalho

Grupo Soma descarta realizar novas aquisições no momento, de acordo com o diretor-presidente, Roberto Jatahy. A varejista de moda realizou nesta quarta-feira (08) sua teleconferência de resultados do quarto trimestre de 2022.

Jatahy afirma que o Grupo Soma tem o objetivo de atuar como uma “plataforma aceleradora” das marcas que adquire, não se guiando apenas por múltiplos de crescimento ou possíveis sinergias para decidir por uma compra.

Considerando estes norteadores para adquirir marcas, segundo o executivo, o Soma não considera neste momento realizar uma nova operação. “No mercado nacional não há nenhum ativo que nos interesse. Mas se surgir, estamos preparados para uma nova aquisição”, afirmou o executivo.

Jatahy afirma que hoje a companhia está focada em desenvolver os ativos de seu portfólio, que “possuem todos vetores de crescimento, sem exceção”, e demandam investimentos.

“A cultura do grupo é de crescimento sustentável, não crescimento exponencial. Nosso histórico é de crescimento de 15% a 20% no ano, e devemos seguir assim”, afirmou durante a teleconferência com investidores e analistas.

PEC 110

A proposta de reforma tributária que tramita no Congresso Nacional, por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 110/2019, não deve representar um impacto para as operações do Grupo Soma, analisa Jatahy.

Jatahy pontua que a PEC conta com mais de 280 emendas atualmente, o que evidencia a complexidade do tema. Na visão dele, uma reforma tributária a nível federal vai ter “muita mais facilidade” de ser aprovada do que revisões a nível estadual.

O executivo afirma ainda que o Grupo Soma não enxerga impacto para a companhia em uma eventual reforma tributária federal, considerando que a PEC 110 não revê os benefícios fiscais.

Caso a companhia se deparasse novamente com um cenário do tipo, de acordo com o diretor-presidente, tomaria medidas internas para contornar a perda dos incentivos.

“A gente será criativo como foi no passado, já perdemos benefícios fiscais e pensamos de outra maneira. Vai de acordo com a criatividade que o Grupo tem”, afirmou.

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